Atualize-se: fique por dentro dos 10 Termos da qualidade relacionados ao Japão que você deverá conhecer para passar em um concurso…

O Japão tem um papel fundamental no avanço da qualidade no mundo todo. Precisamos falar dele!

fonte: .cao.pt/japan.html

É incrível pensar que este país foi um dos países mais devastados com a Segunda Guerra Mundial, resultando em mais de 2 milhões de soldados e civis mortos, além de cerca de 200 mil pessoas atingidas nas explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Destruído, pobre e arruinado: assim estava o Japão…

Fonte:kid-bentinho.blogspot.com.br

…que mais tarde viria a ser exportador de tecnologia de ponta!!!

Mas como assim?

O que o Japão tem a nos ensinar sobre qualidade?

Tenha em mente que a preocupação do Japão com a qualidade veio justamente após a segunda Guerra Mundial

Os japoneses estavam endividados e ainda por cima dependiam das exportações para comprar basicamente tudo de que necessitavam!!! Assim, restava apenas vender seus produtos com qualidade igual ou superior a preços menores. Sim, eles teriam que se sobressair!!!

Que desafio!!! Mas missão dada é missão cumprida para o Japão, pois as pessoas qualificadas e a vontade de reconstruir o país e de conseguir aproveitar ao máximo os poucos recursos que teriam naquela época fizeram com que os japoneses desenvolvessem os métodos de produção que revolucionariam a indústria japonesa com relação a seus níveis de produtividade e qualidade. 

A conclusão disso tudo é que muitas nações e empresas ocidentais (como Brasil e até os EUA) buscaram e ainda buscam copiar o modelo japonês de qualidade, produtividade e eliminação de desperdícios. Hoje o mundo conhece as marcas referências de qualidade destes empresários: Nikon, Sony, Toyota, Yamaha, Honda…

Esclarecido todo o contexto, mas e aqueles termos que são tão comentados? É fato que eles causam muita confusão nos concursos… diversas questões abordam os termos e os candidatos erram mesmo!!!

Então, chega de papo e vamos direto aos tais termos:

1. TOYOTISMO OU OHNOÍSMO – Quando a Toyota decidiu entrar na disputa pela fabricação de carros, após a 2ª Guerra Mundial, com pouca variedade de modelos de veículos, era preciso muita flexibilidade para fabricar pequenos lotes com níveis de qualidade comparáveis aos norte-americanos. Tal filosofia de produzir apenas o que o mercado solicitava passou a ser adaptada pelos fabricantes japoneses. O Toyotismo flexibilizou a fabricação de mercadorias. Enquanto o fordismo defendia a máxima acumulação dos estoques (veja o filme “Tempos Modernos” para entender esse sistema oposto ao toyotismo), o toyotismo se caracteriza pela adequação da estocagem dos produtos conforme a demanda. Afinal, a Toyota achou a solução para as suas limitações de espaço para armazenamento, produção, recursos para importação…

fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/toyotismo.htm

2. JUST IN TIME (JIT) – O JIT é uma das características do Toyotismo e significa que as partes certas necessárias devem chegar na hora certa e somente na quantidade necessária. Pensa a produção ao contrário, do fim para o começo. O operador vai até o processo anterior pegar apenas o material e peças necessários… No JIT entende-se que é a demanda que “puxa” a produção e não a produção que empurra os produtos antes de haver a demanda. Assim, a produção aumenta quando a procura por uma determinada mercadoria é grande, mas quando essa procura diminui, a produção também se reduz.

fonte: brasilescola.uol.com.br/geografia/toyotismo-acumulacao-flexivel.htm

3. KANBAN – Sistema de informação visual, que controla a produção, por meio de um simples cartão que indica a quantidade a ser produzida do tipo de peça ou componente. Ao mesmo tempo, dá instruções de trabalho, controla visualmente o volume de produção, previne o excesso de produção e indica os problemas. E a forma de conectar uma seção à outra. Nada deve ser produzido ou retirado sem okanban: Um pedaço de papel contém informações confiáveis, atualizadas e importantes que norteiam a produção.

fonte: linkedin.com/pulse/passo-para-implantar-o-sistema-kanban-andre-rodrigues-da-silva

4. MUDA – Significa eliminar totalmente desperdícios de materiais, movimentos, pessoal, peças defeituosas, transportes desnecessários, esperas, produção além do necessário etc. O principal estímulo da redução de desperdícios é o próprio JIT. Por exemplo, produzir além do necessário é um dos piores desperdícios, pois cria estoques a mais que o necessário, usa espaço físico demais, cria custos financeiros extras, papelada a mais, pessoal extra para controle, confusão…

fonte: daexe.com.br/3-dicas-para-comecar-a-eliminar-o-desperdicio-em-sua-empresa-hoje/

5. KAIZEN – a metodologia Kaizen de melhoria contínua entende que nenhum dia deve transcorrer na empresa sem que pelo menos alguma melhoria tenha sido realizada: ‘Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje! O termo em japonês significa “melhoria” ou “mudança para melhor”, refere-se à filosofia ou práticas que incidem sobre a melhoria contínua dos processos de manufatura, estrutura organizacional, engenharia, gestão de negócios ou na vida dos funcionários…

fonte: ahoraeducacion.com/2014/12/04/la-historia-la-escriben-los-que-ganan/

6. KEIRETSU – Teia que liga parceiros estratégicos (bancos, fabricantes, fornecedores e distribuidores com o governo japonês). Keiretsu se refere a uma estratégia para suportar a pressão que o comércio mundial exercia sobre o Japão enfraquecido depois da 2ª Guerra Mundial. As empresas formam alianças fortes apoiadas pelo governo e vieram substituir os monopólios que controlavam a Economia japonesa. Objetiva melhorar a competitividade e sucesso das empresas japonesas por meio da redução de custos, o aumento da qualidade, o aumento da flexibilidade e a diminuição do tempo de desenvolvimento. Baseado em relações empresariais de longo prazo com troca frequente de informação.

fonte: cabtec.com.br/novosite/consulting/destaque/parceiros-estrategicos-que-fazem-a-diferença/

7. Os 5’s da Qualidade – Os cinco sensos que dão nome ao Programa 5S têm sua origem nas iniciais das palavras japonesas seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. Em português são conhecidos como os sensos de utilização, organização (ou arrumação e ordenação), limpeza, saúde (ou padronização ou asseio) e autodisciplina (ou disciplina). O 5S é um sistema organizador, mobilizador e transformador de pessoas e organizações. A Ferramenta 5’S não é apenas um programa, mas uma filosofia de vida. Com o objetivo de tornar o ambiente de trabalho mais agradável e seguro com a satisfação do cliente, qualidade, motivação e a economia de recursos escassos.

fonte: trabalhoseguro-tst.comunidades.net/metodo-5s

8 Diagrama de Ishikawa – Construído com a aparência de uma espinha de peixe, essa ferramenta foi aplicada, pela primeira vez, em 1953, no Japão, pelo professor da Universidade de Tóquio, Kaoru Ishikawa, para resumir as opiniões de engenheiros de uma fábrica com relação a problemas de qualidade. É um método efetivo de ajudar a pesquisar as raízes de problemas. O Diagrama Espinha-de-Peixe visa identificar as causas mais prováveis para maior análise. A ferramenta amplia a visão das possíveis causas de um problema, enriquecendo a sua análise e a identificação de soluções.

fonte: industriahoje.com.br/diagrama-de-ishikawa

9 – Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) – Um pequeno grupo de trabalhadores formado com base na livre iniciativa de seus componentes, de uma mesma área, todos participantes do nível operacional que visa desempenhar atividades de controle da qualidade. Este grupo procura continuamente propor modificações e resolver os problemas relativos a qualidade no seu local de trabalho. Passa a ideia de que quem executa o trabalho de produção é que é o verdadeiro especialista da produção e conhece o seu trabalho e os problemas deste trabalho.

fonte: www.folhavitoria.com.br

10 – CWQC – Inicialmente conhecido no Japão como CWQC – Company Wide Quality Control e atualmente é conhecido como TQC (Total Quality Control). A sigla se refere a Controle de Qualidade por Toda a Empresa. Na sua concepção americana o controle da qualidade é exercido por especialistas. O modelo japonês difere deste enfoque porque adota o Controle da Qualidade Total com envolvimento de todos os empregados de todos os setores da organização, em todos os níveis hierárquicos. Todos os funcionários devem ajudar no estudo, implementação e controle da qualidade.  Por isso, também é comum ser denominado de TQC “no estilo japonês”, por ter sido aperfeiçoado no Japão pelo Grupo de Pesquisa de Controle de Qualidade da JUSE (japanese union of scientist and engineers) – estudiosos dedicados a qualidade no Japão.

fonte: comunicacaoetendencias.com.br/o-que-e-qualidade

Além de tudo isso que já falamos e que com certeza já aumentou a sua admiração por esse povo guerreiro, quero finalizar esse post mostrando outros aspectos que contribuíram para essa louvável guinada nipônica.

– Aspectos culturais como “Yamato Damashii” (significa Espírito Japonês) – entendido como espírito de patriotismo, de doar-se ao máximo com persistência, vontade e honra.

– A contribuição dos experts americanos W. E. Deming e J. Juran;

– A padronização ampla dos produtos;

– Envolvimento e comprometimento da alta administração empresarial;

– A participação dos funcionários de todos os níveis da empresa.

– A vontade de elevar a qualidade dos produtos do país.

fonte: stixx.com.br/qualidade-garantia-durabilidade-adesivos-stixx

Não se discute a importância dos japoneses influenciando a qualidade no mundo todo até hoje, certo? E aí, você já virou fã da cultura de qualidade dos japoneses? Conhece outras contribuições desse povo para a qualidade? Compartilhe sua opinião conosco, tire dúvidas e sugira assuntos que queira saber mais!!! Adoramos a sua participação aqui e nos motiva a disponibilizarmos mais conteúdos de qualidade para seus estudos!!!