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4ª Revolução Industrial: entenda o fenômeno que já muda o cotidiano das fábricas e a vida das pessoas

Antes de serem abordadas informações sobre a Revolução 4.0, vale compreender o que é uma Revolução Industrial
Por Everton Henrique Gonçalves Cardoso 14 jun 2017 - 5 min de leitura

A 4ª Revolução Industrial, também conhecida como Revolução 4.0, vem sendo foco de inúmeros debates nos ambientes acadêmicos, produtivos, tecnológicos e com todos aqueles antenados em como são produzidas as coisas. Por ser um tema tão importante e de repercussão mundial, tem forte potencial para ser cobrado em concursos, no Enem e nos mais diversos vestibulares.

Antes de serem abordadas informações sobre a Revolução 4.0, vale compreender o que é uma Revolução Industrial e de que forma ela é capaz de mudar a vida das pessoas.

 

Revolução Industrial: o que é?

 

Antes de serem abordadas informações sobre a Revolução 4.0, vale compreender o que é uma Revolução Industrial

http://www.bbc.com

Para que um determinado processo seja efetivamente rotulado como uma Revolução, são necessárias mudanças significativas no modo como as coisas eram realizadas anteriormente. E assim foi, mais precisamente na Inglaterra, ao longo da segunda metade do Século XVIII. A substituição em larga escala do trabalho artesanal pelo uso de máquinas, notadamente aquelas movidas pelo vapor vindo da queima do carvão mineral, dinamizou a produção, ampliou sua escala e modificou o papel da mão de obra no processo. Assim nascia a Revolução Industrial, que, por seu caráter revolucionário, influenciou diretamente também a maneira como se organizava a sociedade.

Contudo, vale ressaltar que as inovações produzidas não foram estancadas no século XVIII, tampouco ficaram restritas à Inglaterra. Posteriormente, diversas tecnologias surgiram e, igualmente, a produção passou a ser orientada por novas metodologias. Daí a sociedade reconhecer etapas, conhecidas respectivamente por 1ª, 2ª, 3ª Revoluções Industriais.

De modo geral, algumas palavras-chave comumente são associadas a cada uma dessas etapas. Na Primeira Revolução, destaca-se o protagonismo da Inglaterra, o uso do carvão, do ferro e das máquinas movidas a vapor. Já na Segunda, protagonizada pelos Estados Unidos (e depois ampliada para diversos países) e desenvolvida ao longo dos séculos XIX e XX, presencia-se a eletricidade, o petróleo e derivados, os motores a combustão e o uso de linhas de montagem para produção em série. Na terceira, na segunda metade do Século XX, verificou-se o protagonismo japonês, com o uso da robótica, eletrônica, informática, nanotecnologia, engenharia genética, além de fontes alternativas de energia (a eólica e a solar, por exemplo).

Recentemente, muito vem sendo discutido se os processos vividos atualmente são ainda reflexos da 3ª Revolução Industrial ou se, por outro lado, já é possível cravar a existência de uma quarta etapa.

De acordo com os debates realizados nas últimas edições do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o mundo já vive a Revolução 4.0. E isso se dá por uma série de razões, das quais algumas se destacam o uso das seguintes tecnologias:

– Os Sistemas Ciber-Físicos

Os CPS (Cyber-Phisical System) representam um elo importante entre o mundo real e o digital. Tratam-se de objetos dotados de softwares conectados entre si ou via internet, formando um sistema em rede. Podem ser usados na produção industrial, dando origem às fábricas inteligentes, permitindo inclusive seu controle de modo remoto (à distância). Também podem colaborar no controle de tráfego de veículos, no fornecimento de energia e em diversos meios que possam ser potencializados por objetos e softwares conectados.

– Big Data

São informações em grande volume, produzidas por uma sociedade cada vez mais conectada à internet. Essas valiosas informações, disponibilizadas nas redes sociais, e-mails, pesquisas de satisfação, programas de fidelidade, históricos de navegação, entre outros, quando bem gerenciadas, armazenadas e com fácil acesso, tornam-se importantes para a tomada de decisões das empresas, potencializando suas ações no mercado.

– Internet dos Objetos

Tratam-se de objetos, dos mais diversos possíveis (um automóvel, uma geladeira, um robô etc.), conectados à internet e permitindo a troca de informações entre si e com as pessoas. O IoT – Internet of Things (internet das coisas ou objetos, em Português), já permite processos mais eficientes e análises de dados mais completas, orientando a gestão de empresas, cidades e do próprio cotidiano de pessoas.

O que pode mudar?

A Revolução 4.0 pressupõe uma fábrica inteligente. Máquinas interligadas, conectadas de maneira remota e atualizadas inclusive a partir das informações produzidas pela sociedade do Big Data.

fonte: https://pt.linkedin.com

Constata-se que os hábitos das pessoas, registrados por meio das redes sociais, passam a influenciar cada vez mais as características, as quantidades e a distribuição dos produtos e serviços.

Isso é bom?

 fonte: http://miti.com.br
 

            Progresso, conhecimento e desenvolvimento. São conceitos que os mais entusiastas utilizam para definir a Quarta Revolução. A utilização das novas tecnologias, dando origem a objetos inteligentes, drones modernos, impressoras 3D e carros autônomos evidenciam a evolução do conhecimento humano aplicado ao processo produtivo.

Ainda, com a evolução dos processos, reduzem-se os custos com logística, melhoram-se a qualidade dos produtos, bem como o consumidor passa a ter seus hábitos cada vez mais valorizados.

Destaca-se, também, que os objetos e processos tendem a ser construídos sob medida, conversando entre si para resolver da melhor forma possível os problemas das vidas das pessoas.

Isso é ruim?

 4ª Revolução

 fonte: http://geo8acarpre.blogspot.com.br

Todas as mudanças bruscas na organização da produção são cercadas de reflexos sociais. Sejam definitivas ou de modo transitório, o incremento de novas tecnologias traz desemprego e potencialização das desigualdades sociais e espaciais. Assim, as fábricas inteligentes e autônomas podem gerar milhões de demissões, impactando sociedades inteiras.

Alguns críticos também apontam que a privacidade das pessoas está cada vez mais em jogo. As pessoas, voluntárias ou induzidas a viverem conectadas, são entendidas estatisticamente como meros clientes, tendo seus hábitos mapeados para orientar a produção. Esses mesmos críticos apontam que as empresas, na ânsia de alimentar seus bancos de dados, não hesitariam em extrapolar barreiras éticas para a conquista dessas informações.

E você, o que acha de tudo isso? Vê a Revolução 4.0 como um conjunto de ameaças ou oportunidades? Deixe sua opinião…ela será sempre bem-vinda!

Que tal aprofundar ainda mais seu conhecimento com um vídeo sobre esse assunto? Garanto que não vai se arrepender.

 Referências:
Klaus Schwab. A Quarta Revolução Industrial. World Economic Forum: Edipro, 2016.
https://www.hbm.com/pt/6267/sistemas-ciber-fisicos-o-fio-que-une-toda-a-iiot/
http://iotlatinamerica.com.br/internet-das-coisas-objetos-conectados-e-uma-infinidade-de-possibilidades/
http://www.bigdatabusiness.com.br/voce-sabe-o-que-e-big-data-analytics/
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/10/o-que-e-a-4a-revolucao-industrial-e-como-ela-deve-afetar-nossas-vidas.html
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