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Saiba mais sobre Aleitamento Materno e aprimore seus conhecimentos para os concursos

Por Antonio Carlos Gelamos 04 jul 2017 - 10 min de leitura

Quando vamos fazer uma prova ou concurso, geralmente encontramos o aleitamento materno e saúde da mulher… Mas será que sabemos o suficiente para uma prova?

 Calma, vamos apontar vários aspectos importante sobre este tema!!!

 

aleitamento materno importancia

fonte: http://www.ebserh.gov.br

 

Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.

Apesar de todas as evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre outras formas de alimentar a criança pequena, e apesar dos esforços de diversos organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado, e o profissional de saúde tem um papel fundamental na reversão desse quadro. Mas, para isso, ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que seja quanto aos aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem-sucedido se ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros. Esse olhar, necessariamente, deve reconhecer a mulher como protagonista do seu processo de amamentar.

Portanto, cabe ao profissional de saúde identificar e compreender o processo do aleitamento materno no contexto sociocultural e familiar e, a partir dessa compreensão, cuidar tanto da dupla mãe/bebê como da família destes. É necessário que busque formas de interagir com a população para informá-la sobre a importância de adotar uma prática saudável de aleitamento materno.

 

fonte: http://www.otos.com.br

TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO

É muito importante conhecer as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD HEALTH ORGANIZATION). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em:

– Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.

– Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais;

– Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.

– Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo.

– Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.

DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO

fonte: http://mamiemais.com/2015/09/11/4868/

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas. Uma análise de estudos realizados em três continentes concluiu que, quando as crianças não eram amamentadas no segundo ano de vida, elas tinham uma chance quase duas vezes maior de morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas. (WORLD HEALTH ORGANIZATION)

 IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO

Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno.

– Evita mortes infantis;

– Evita diarreia;

– Evita infecção respiratória;

– Diminui o risco de alergias;

– Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes;

– Reduz a chance de obesidade;

– Melhor nutrição;

– Efeito positivo na inteligência;

– Melhor desenvolvimento da cavidade bucal;

– Proteção contra câncer de mama;

– Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho;

– Melhor qualidade de vida.

 TÉCNICA DE AMAMANETAÇÃO

 A técnica de amamentação está adequada quando:

– A cabeça do bebê está no mesmo nível da mama da mãe e o queixo dele a toca;

– A boca está bem aberta;

– O lábio inferior está virado para fora;

– As bochechas estão arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra a mama;

– Vê-se pouco a aréola durante a mamada (mais a porção superior da aréola do que a inferior);

– A mama parece arredondada, não repuxada;

– As sucções são lentas e profundas: o bebê suga, dá uma pausa e suga novamente (sucção, deglutição e respiração);

– A mãe pode ouvir o bebê deglutindo;

– O corpo do bebê está totalmente voltado para o corpo da mãe (posição de barriga com barriga) e um dos braços está ao redor do corpo da mãe;

– A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados.

– A mãe está sentada de forma confortável e relax;da.

 

fonte: http://www.dropsdemae.com.br/p/amamentacao.html

Benefícios para a mãe

 – Involução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de ocitocina (SCOTTISH);

– Perda mais rápida do peso acumulado na gestação;

– Auxílio no aumento do intervalo entre as gestações (PINTO);

– Maior interação mãe-bebê (DRANE, 1997);

– Benefício relativo aos aspectos econômicos, uma vez que o leite materno não tem custos (WHO);

– Praticidade, pois o leite materno está sempre pronto para ser consumido;

– Diminuição do risco de câncer de mama e ovário (SCOTTISH).

 Contraindicações para a amamentação

fonte: http://www.enfermagemesquematizada.com.br

 

São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Nas seguintes situações, o aleitamento materno não deve ser recomendado:

– Mães infectadas pelo HIV.

– Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus linfotrópico humano de linfócitos T).

– Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como, por exemplo, os antineoplásicos e radiofármacos.4  

– Criança portadora de galactosemia, doença do xarope de bordo e fenilcetonúria.

Recomenda-se a interrupção temporária da amamentação:

– Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

– Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber imunoglobulina humana antivaricela zoster (Ighavz), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, devendo ser aplicada o mais precocemente possível.

– Doença de Chagas na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente.

– Abscesso mamário, até que ele tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia.

– Consumo de drogas de abuso: recomenda-se a interrupção temporária do aleitamento materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado de interrupção da amamentação varia dependendo da droga.

Dez passos para uma alimentação saudável

fonte: https://mamaterna.wordpress.com/

 Passo 1: “Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento”.

Dica ao profissional e à equipe: Rever se as orientações sobre aleitamento materno exclusivo são fornecidas desde o acompanhamento pré-natal até a época da alimentação complementar.

Passo 2: “A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais”.

Dica ao profissional e à equipe: Antes de dar a orientação deste passo, perguntar à mãe ou ao cuidador como ela (ele) imagina ser a alimentação correta da criança e, a seguir, convidem-na(o) a complementar seus conhecimentos, de forma elogiosa e incentivadora.

Passo 3: “Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada”.

Dica ao profissional e à equipe: Sugerir receitas de papas, tentando dar a ideia de proporcionalidade, de forma prática e com linguagem simples.

Passo 4: “A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança”.

Dica ao profissional e à equipe: Uma visita domiciliar pode ser uma estratégia interessante para aumentar o vínculo e orientar toda a família sobre alimentação saudável.

Passo 5: “A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família”.

Dica ao profissional e à equipe: Organizar, em parceria com a comunidade, oficinas de preparação de alimentos seguros e/ou cozinhas comunitárias. Convidar famílias com crianças sob risco nutricional.

Passo 6: “Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida”.

Dica ao profissional e à equipe: Conversar sobre a estimulação dos sentidos, enfocando que a alimentação deve ser um momento de troca afetuosa entre a criança e sua família.

Passo 7: “Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições”.

Dica ao profissional e à equipe: Pedir à mãe que faça uma lista das hortaliças mais utilizadas. Depois, aumentar essa lista acrescentando outras opções não lembradas, destacando alimentos regionais e típicos da estação.

Passo 8: “Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação”.

Dica ao profissional e à equipe: Articular com a comunidade e outros setores uma campanha sobre alimentação saudável.

Passo 9: “Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos: garantir o seu armazenamento e conservação adequados”.

Dica ao profissional e à equipe: Realizar grupo com pais, avós e/ou crianças sobre cuidados de higiene geral, alimentar e bucal.

Passo 10: “Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação”.

Vantagens da amamentação:

 

fonte: https://maroma.wordpress.com

 

Para a mulher:

– Fortalece o vínculo afetivo;

– Favorece a involução uterina e reduz o risco de hemorragia;

– Contribui para o retorno ao peso normal;

– Contribui para o aumento do intervalo entre gestações.

Para a criança:

– É um alimento completo, não necessita de nenhum acréscimo até os seis meses de idade;

– Facilita a eliminação de mecônio e diminui a incidência de icterícia;

– Protege contra infecções;

– Aumenta o vínculo afetivo;

– Diminui as chances de desenvolvimento de alergias.

Para a família e a sociedade:

– É limpo, pronto e na temperatura adequada;

– Diminui as internações e seus custos;

– É gratuito.

  E AGORA? Com essas informações e dicas fica mais fácil passar nas provas e aprender um pouco mais da importância da amamentação???

Esperamos que tenha gostado. Caso tenha gostado ou queira deixar um recado, deixe aqui como sugestão para as demais pessoas.

 

Referência
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

 

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