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Relembre aqui a origem das diferenças entre Coreia do Norte e Coreia do Sul e não vacile nas provas de Atualidades e História

Relembre aqui a origem das diferenças entre Coreia do Norte e Coreia do Sul e não vacile nas provas de Atualidades e História.
Por Matheus De Marchi 25 set 2017 - 13 min de leitura

Coreia do Norte (principalmente) e Coreia do Sul tem aparecido com muita frequência na TL de quem usa Twitter. Se não é o seu caso, de certo você leu/viu algo sobre os dois países nos jornais. Se ainda não é o seu caso, com certeza seu professor de História falou algo sobre eles no ensino médio. Mas se você ainda não se enxergou aqui, não se preocupe!

Esse blog é tanto para os antenados quanto para os mais “distraídos”. Fato é que ultimamente temos sido bombardeados com notícias sobre as peripécias do nosso amigo Kim Jong-un (ou Kim Jong-woon ou ainda Kim Jung Woon). Lemos sobre suas bombas, desfiles e ameaças estilo Tarantino dignas do Trumpão da massa: “Fúria e sangue!” ou “mentalmente perturbado senil dos EUA”.

Hahahaha. Vou confessar que eu gostei mais do “senil” até agora (…). Enfím! Apesar de nos divertirmos com as brigas de recados dos dois (e vamos torcer para eles ficarem apenas nisso) muita história envolve a divisão e as diferenças entre as duas Coreias. História que inclusive tem participação direta dos EUA. Se lembram?

Sigam esse post e caiam matando nas questões sobre as duas Coreias.

Afinal. Por que duas Coreias?

Fonte: https://giphy.com/gifs/why-ryan-reynolds-1M9fmo1WAFVK0

Dependendo da sua idade ou do seu interesse. Essa é uma pergunta que provavelmente você já se fez. Os dois países tem o mesmo nome? Tem… Falam a mesma língua? Falam… Estão no mesmo território? Estão… Bebem cerveja? Ô!

Oxi! Então qual é a dessa divisão? Desinteligências a parte, a divisão aconteceu mais por influência externa do que interna e vamos falar sobre ela agora.

A culpa é da China!

Fonte: http://tudosobrecachorros.com.br/por-que-cachorro-faz-cara-de-culpado/

Calma. Só um pouco.

Para entendermos a origem dos problemas e da divisão, vamos voltar um pouco no tempo. “Por volta de 8000 a.C as tribos Tungus…”.

Voltei demais? Tá bem… Apesar de a China dar seus pitacos na península desde uns 1000 e lá vai cacetada a.C, vamos focar a partir do século XVII.

A Coreia (só Coreia, sem divisão) sempre teve lugar de destaque no oriente. Por períodos de tempo e paz teve cultura e mesmo os equipamentos militares mais avançados por períodos dando verdadeiros coros nos invasores chineses e japoneses. Porém, devido a sua limitação geográfica e ao número populacional (conflitos internos e aquelas presepadas que sempre vemos na História) ela acabou sendo invadida e dominada pelos vizinhos. A China com certeza foi quem mais usufruiu da península entre intervalos de tempo.

Por muito tempo ela foi um estado vassalo da China. O que isso significava? Siginificava que apesar de ter seus governantes e sua dinastia, estes deviam lealdade à dinastia chinesa no comando (Qing). A Dinastia Yi (coreana) segurou as pontas até o século XIX, enquanto a China ainda a garantia. Após isso, Rússia e Japão, atendendo às suas necessidades imperialistas voltaram seus olhos para a península.

Se a China não teve participação fundamental na divisão nesse período, foi sua dominação através dos Qing que enfraqueceu os Yi. Um governo fraco atraiu os lobos que entrarão na lista dos culpados.

A culpa é do Japão!

Fonte: http://www.observatoriodoclima.eco.br/japao-registra-meta-ruim-e-culpa-tsunami/

É. Não toda ela… Mas também foi!

Um capítulo de vergonha (mais um). O Japão é o moleque briguento da região. Não tem jeito. Em 10 anos ele acha briga com os amigos maiores (e vence!).

Primeiro bate na China justamente pelo domínio da Coreia, país com o qual ele já praticava comércio. É o Japão que expulsa os Qing da península.

Depois bate na Rússia. Pois é. A ilhazinha sabia como brigar! A marinha japonesa com seus navios menores porém mais modernos e velozes mandam os dinossauros russos para casa de forma humilhante. Como prêmio pelo ímpeto, o Japão domina o território Coreano e parte da Manchúria. (Sim, a China continua apanhando deles).

A Coreia que era apenas um protetorado japonês, após o episódio com os russos é ocupada pelo exército nipônico e passa a ser uma colônia japonesa. A ocupação japonesa é um pouco diferente da chinesa e a gente poder dizer sem medo de errar, que também é mais cruel.

O Japão foi grande responsável pelo “assassinato” de parte da cultura coreana. Toda a economia do país atendia agora às pretensões japonesas, a cultura imposta era a japonesa e até a língua oficial do país passou a ser o japonês. Os coreanos levaram na boa? Claro que não. Mas com o exército dando as cartas lá qualquer tentativa de rebelião era abafada com muita violência.

A culpa é da Rússia e dos EUA!

Fonte: https://passeinafuvest.wordpress.com/2015/08/21/guerra-fria/

Desde a ocupação até 1945 a Coreia esteve sob o domínio japonês.

– Esse ano te diz alguma coisa?

– Espera… Essa eu sei… 1945… 1945… P&*%#! O ano em que o Lula nasceu! O Lula libertou a Coreia! Uau!

É… Foi quase isso –“

Um fato quase tão importante quanto, foi o final da Segunda Guerra Mundial.

Durante a guerra a Coreia lutou ao lado dos chineses e óbvio, contra os japoneses. Ao fim do conflito, com a derrota do Eixo, os aliados se prontificaram a auxiliar a Coreia em busca de suas reivindicações (de liberdade).

Dito e feito! Os aliados (como são bonzinhos) não apenas garantem que o Japão não mais dominasse os irmãos coreanos, como garantiriam a segurança deles! Na Conferência de Potsdam (aquela pós Segunda Guerra que define divisão da Alemanha entre outras coisas) os aliados (URSS e EUA) dividem o território coreano em dois: no famoso paralelo 38º. O norte ficaria sob a guarda soviética e o sul sob a guarda estadunidense (semelhante ao que ocorreu na Alemanha e Vietnã).

Como os coreanos devem ter se sentido mais seguros com isso!

Oficialmente feita a divisão, entramos no próximo capítulo com os mesmos culpados.

A Guerra Fria e a Guerra da Coreia

Fonte: http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13336

Não vamos entrar muito nos detalhes das diferenças ideológicas entre os dois sistemas. Se for o caso fazemos um outro post só sobre isso, mas os básico vocês sabem. O sul, guardado pelos EUA seguiam a ideologia capitalista e o norte, soviético, seguia a ideologia vermelha de Moscou e da China.

Poderia ter dado certo? Dificilmente… Mas como desgraça pouca é bobagem, os norte-coreanos (influenciados) aceleraram o processo do deu ruim.

Em 1950, sob o pretexto de que o paralelo 38º não foi respeitado a Coreia do Norte invade a Coreia do Sul. Sua intenção era unificar o território e torna-lo todo soviético. Para isso contou com ajuda da China e Rússia.

Óbvio, o tio Sam não deixou barato, correu a auxiliar militarmente o sul e a Guerra da Coreia estava formada. A Guerra durou três anos (não que estejam em paz, aliás, oficialmente ainda estão em guerra) e o resultado foi desastroso para os dois lados. Principais cidades destruídas e pobreza generalizada.

O que o Norte não contava era que o seu “lado” ia perder ou mudar.

A Coreia do Sul, com o aporte financeiro estadunidense se desenvolveu muito e rápido economicamente. Nos anos 90 era parte dos chamados “Tigres Asiáticos” e estava entre as economias que mais cresciam no mundo. (LG, Samsung, Hyundai são exemplos de empresas sul-coreanas) Militarmente investiu no treinamento e na aquisição de equipamentos estadunidenses como armas, caças e tanques. Vale lembrar que eles também tiveram seus problemas. Também viram golpes militares e governos ditatoriais. Os últimos 20 anos que mostraram maior estabilidade.

A Coreia do Norte “se virou” bem enquanto recebia auxílio chinês e russo. Ao final da Guerra Fria, esse auxílio secou e inevitavelmente ela ficou para trás. Ainda assim, continuou investindo e desenvolvendo por exemplo, seu programa nuclear. Apesar disso a China e a Rússia nunca de fato abandonaram a Coreia do Norte e já falaremos sobre isso.

Ando só, pois só eu sei…

Fonte: https://giphy.com/gifs/friends-analogy-VfyC5j7sR4cso

Não tão só assim não é Kim Jong-un?

Em meio a todas a notícias e pitis do Trumpzinho com críticas fortes aos embargos que a ONU coloca de forma “suave” à Coreia do Norte, quase sempre vemos que China e principalmente a Rússia não são tão entusiastas quando os estadunidenses.

Mas por que?

Tanto Pequim quanto o Kremlin, apesar de não admitirem, tem aquele pensamento nostálgico de quando a Dinastia Kim iniciou sua “aventura” e compartilhavam dos ideais comunistas. Hoje nada disso importa materialmente falando. Então vamos aos motivos (suposições) reais.

Para ambos não é nada interessante que a Coreia do Norte deixe de ser comandada pelo regime maluco do Kim Jong-un. É maluco mas é útil para eles. A ideia de a Coreia se tornar apenas uma com um governo exercido pelo Sul (entenda-se EUA) colocaria um “não amigo” de China e Rússia diretamente nas suas fronteiras (e estamos falando militarmente).

A Coreia, apesar das condições, é grande importadora de produtos russos e chineses, principalmente no que responde a carvão e derivados do petróleo. Além do fato de fornecer para ambos (principalmente para a Rússia) mão de obra mais barata.

Um artigo da Folha de São Paulo (referência estará no final) trata sobre o elevado números de estudantes norte-coreanos na Rússia. Existe até um serviço de barcas da Coreia do Norte até Vladivostok.

Principalmente, os russos acreditam que a economia norte coreana tem grande potencial de crescimento, desde que, através de conversa e acordos, Kim Jong-un se torne mais “maleável”.

O Grande Líder!

Fonte: http://edition.cnn.com/2012/12/26/world/asia/kim-jong-un—fast-facts/index.html

Apresento-lhes Kim Jong-un, Primeiro de seu Nome, Executor de tios, Defensor de bebês tartaruga, Aquele que não ri de si mesmo, Comedor de emmental, Fã do Mickey (verdade!), amigo do Dennis Rodman e O Grande Líder!

Fala sério. Tem uma reportagem da época (link ao final) que diz que O Grande Líder bebe fácil! Daqueles que matam garrafas em uma sentada. Se o país passa fome, aquele inchaço não é só de comer né? O_O

Bom… Superado o lado fofoca do post, vamos falar um pouco sobre como esse cara chegou ao poder e o quão louco é realmente esse regime.

Logo após a Guerra e aquela divisão que falamos acima, apesar das tutelas soviética ao norte e estadunidense ao sul, cada lado tinha seu próprio governo. E o norte começou com a simpática Dinastia dos Kim.

O primeiro Kim a governar o país foi Kim II-sung, avó do Grande Líder. Ah, quase me esqueci, o nome do país ao norte é “República Popular Democrática da Coreia”. Pois é! Não sei de onde tiraram a fama de governo autoritário. Olha o nome. O nome não mente!!!

Já dizia Charles Bukowski (acho que foi ele): “A diferença entre uma ditadura e uma democracia é que na democracia eles deixam você votar antes de começar a seguir ordens”.

Os nossos bons Kim´s eliminaram da população o fardo e ir às urnas, e só deixaram a parte das ordens.

(Será que o Temer e a dinastia tucana em São Paulo sabem disso?).

Anyway… O primeiro Kim governou de 1945 à 1994. E foi sucedido por seu filho Kim Jong-il. Ele, que é pai do Grande Líder, faleceu em 2011 e deu lugar ao Líder Supremo da Coreia do Norte Kim Jong-un.

Ninguém sabe muito sobre o Grande Líder. Ele é terceiro filho de Kim Jong-il. Durante a adolescência estudou na Suíça (aparentemente sem revelar a verdadeira identidade) e formou-se na academia Militar norte coreana. Com apenas 26 anos assumiu o lugar o pai o que causou surpresa no país (não deixem ele saber) por sua falta de experiência militar e política.

Justamente por suas medidas “diferentes” do comum e pouco conhecimento sobre ele, o mundo fora da Coreia tem a impressão de um governante louco (não que não seja: em 2014 ele proibiu os pais de darem seu nome às crianças nascidas a partir dali, quem já o tivesse, teria de mudar), mas são suas constantes ameaças que preocupam o mundo e o torna manchete com frequência.

Afinal. São ameaças reais?

Muito se especula sobre a verdadeira intenção do Grande Líder em realmente entrar em um conflito aberto com EUA ou aliados. O fato é que até o alcance do seu poder militar é um mistério (lembram-se das imagens fotoshopadas dos navios?). Que há um programa militar e que existem armas, ninguém duvida. Que há a intenção de usá-las, são outros quinhentos.

O Kremlin acredita que não. O Grande Líder, apesar de louco, não é maluco (faz sentido?). Ele sabe um conflito inevitavelmente levaria ao fim seu regime (e sua vida). Que o fato de ele possuir armas e fazer questão de mostrar ao mundo que as possui faz parte daquele mesmo jogo que vemos desde a Guerra Fria. O que garante que X não usará suas armas é justamente o fato de Y também tê-las.

Ele ganha confiança de que seu regime não será afetado externamente, porque se o fizerem, ele usará suas armas. Pelo outro lado, ele não usará suas armas, porque se o fizer, seu regime será afetado.

Ele deve saber e vocês devem se lembrar o que aconteceu com os regimes de Saddam e Gaddafi. Ambos blefaram contra os EUA e…. Pah!

O Grande Líder blefa mostrando seu poder de fogo. Se é uma atitude inteligente ou não, o tempo dirá.

(Claro, essa é a visão russa. Quem mora na Coreia do Sul e Japão por exemplo não querem pagar para ver.)

Nessa lógica, se o Trumpzinho, senhor das ameaças e do caos, parasse de ameaçar tanto uma intervenção militar, os russos acreditam que poderiam dialogar com o Grande Líder, melhorar as relações econômicas e até convence-lo a reduzir o trabalho de seu programa nuclear.

(Claro, como falei, é a visão russa, eu não faria apostas).

O que eles se esquecem?

No final quase todas as notícias a respeito tratam de temores militares ou possíveis ganhos e prejuízos econômicos com um ou outro resultado. Dificilmente vemos a abordagem a respeito da população que vive nesse regime. Tudo é resumido a “autoritário, fome, sul é melhor…”. Todos querem defender seus países e interesses mas quantos querem defender a população?

Pensamentos para todos os gostos.

Para concursos vale a pena acompanhar as notícias que saem quase diariamente a respeito dos embates entre Coreia do Norte, Estados Unidos e ONU. Provas recentes de atualidade já exploraram o tema e caso o foco seja histórico, espero que o resumo sobre como as Coreias chegaram ao que são também ajude.

O Texto completo sobre a visão russa segue ao final. A forma como o problema será explorado também pode variar muito. Pelo menos sei que essa é uma visão que aparece bem menos. A comum é sobre como o Grande Líder é um monstro (e é). Mas vamos variar!

Deixem a opinião e as críticas e tenham bons estudos!!!

 

Referências:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/07/1902211-por-que-a-russia-nao-se-preocupa-com-as-armas-nucleares-de-kim-jong-un.shtml
       http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/01/coreia-do-norte-sete-curiosidades-sobre-o-ditador-kim-jong-un.html
       http://jaentendienem.com.br/atualidade/post/a-eterna-briga-entre-as-coreias
 
Imagem Destacada:
https://cardapiopedagogico.blogspot.com.br/2013/05/peninsula-coreana-roda-de-leitura-e.html
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