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Entenda de uma vez por todas as Figuras de Linguagem e sua importância para uma escrita brilhante

Por Ayeda Sanches 06 abr 2018 - 4 min de leitura

 As figuras de Linguagem são essenciais como recursos para um texto com mais força. Com elas, o autor do texto consegue criar um estilo próprio. 

Você já ouviu falas delas? Acha que são figurinhas, desenhos ou algo assim??? As Figuras de Linguagem, nada mais são que recursos da nossa Língua para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas.

fonte: https://extra.globo.com

Mas que bobagem!!! Claro que não!!!

 As Figuras de Linguagem, nada mais são que recursos da nossa Língua para tornar as mensagens que emitimos mais expressivas e significativas. Esses recursos podem ampliar o significado de uma oração, assim como suprir espaços de uma frase com novos significados.

 Podemos classificá-las em quatro tipos.

Vamos ver abaixo cada uma delas?

Figuras de Palavra

 Dependem do uso de determinada palavra com sentido novo, incomum.

Figuras de Harmonia

 Reproduzem os efeitos de repetição de sons, ou ainda quando se busca representá-los.

Aliteração: Repetição consonantal fonética (som da letra) geralmente no início da palavra.

 “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado…” (Martinho da Vila)

Assonância: Repetição da mesma vogal no decorrer de um verso ou poema.

“Sou Ana, da cama

 Da cana, fulana bacana

Sou Ana de Amsterdã.” (Chico Buarque)

Paronomásia: Reprodução de sons semelhantes através de palavras de significados diferentes.

 “Berro pelo aterro pelo desterro

Berro por seu berro pelo seu erro

Quero que você ganhe que você me apanhe

Sou o bezerro gritando mamãe…” (Caetano Veloso)

Figuras de Construção

 

Dizem respeito aos desvios de padrão de concordância quer quanto à ordem, omissões ou excessos.

Omissão

Assíndeto: Ocorre por falta ou supressão de conectivos.

“Saí, bebi, enfim, vivi.” (Nel de Moraes)

 Elipse: Supressão de vocábulo(s) que são facilmente identificável(is).

“(Eu) Queria ser um pássaro dentro da noite.”

Zeugma: Elipse especial que consiste na supressão de um termo já anteriormente expresso no contexto.

“Nós nos desejamos e (nós) não nos possuímos.”

Repetição

Anáfora: É a repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso.

“Eu quase não saio

Eu quase não tenho amigo

Eu quase não consigo

Ficar na cidade sem viver contrariado.” (Gilberto Gil)

Polissíndeto: Repetição enfática de conjunções coordenativas (geralmente e).

“E saber, e crescer, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror.”   (Vinícius de Morais)

Pleonasmo: Repetição da ideia, isto é, redundância semântica e sintática, divide-se em:

Gramatical – com objetos direto ou indireto redundantes, chamam-nos pleonásticos.

“Perdoo-te a ti, meu amor.”

Vicioso – deve ser evitado por não acrescentar informação nova ao que já havia sido dito anteriormente.

Subir para cima; descer para baixo; repetir de novo;

 Ruptura

Anacoluto: A construção do período deixa um ou mais termos sem função sintática. Dê atenção especial porque o anacoluto é parecido com o pleonasmo, ou melhor, na tentativa de um pleonasmo sintático, muitas vezes, acaba-se por criar a ruptura.

“Os meus vizinhos, não confio mais neles.” – a função sintática de os meus vizinhos é nula, não há; entretanto, se houvesse preposição (Nos meus vizinhos, não confio mais neles), o termo seria objeto indireto, enquanto neles seria o objeto indireto pleonástico.

Inversão

Anástrofe: Inversão sintática leve.

“Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (ordem inversa) (Mário Quintana)

Hipálage: Inversão de um adjetivo (uma qualidade que pertence a um é atribuída a outro substantivo).

A mulher degustava lânguida cigarrilha.

Lânguida = sensual, portanto lânguida é a mulher, e não a cigarrilha como faz supor.

Hipérbato: Inversão complexa de termos da frase.

“Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas cabeças pôr de rosas.” (Camões)

(Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinaldas de rosas na cabeça.)

Sínquise: Há uma inversão violenta de distantes partes da oração. É um hipérbato “hiperbólico”.

 “…entre vinhedo e sebe

corre uma linfa e ele no seu de faia

de ao pé do Alfeu Tarro escultado bebe.” (Alberto de Oliveira)

(Uma linfa corre entre vinhedo e sebe, e ele bebe no seu Tarro escultado, de faia, ao pé do Alfeu.)

Quiasmo: Inversão de palavras que se repetem.

“Tinha uma pedra no meio do meu caminho /

 no meio do meu caminho tinha uma pedra.”   (G. D. Andrade)

Concordância Ideológica

Silepse: É a concordância feita pela ideia, e não através das prerrogativas das classes das palavras. São três:

– de Gênero: masculino e feminino não concordam.

“A vítima era lindo e o carrasco estava temerosa quanto à reação da população.”

– de Número: singular e plural não concordam entre si.

“O esquadrão sobrevoaram o céu azul daquela manhã de verão.”

– de Pessoa: sujeito e verbo não concordam entre si.

“A gente não sabemos escolher presidente.

A gente não sabemos tomar conta da gente.”   (Ultraje a Rigor)

ACORDA!!!! ESTÁ ACABANDO!!!

Figuras de Pensamento

São recursos de linguagem que se referem ao aspecto semântico, ou seja, ao significado dentro de um contexto.

Viu só!? São muitas, mas são ótimos meios de trabalhar a escrita, não é!?

Use e abuse dessas figuras.

Aproveite para curtir e compartilhar!

Fonte da imagem destacada: http://linguagemnafonoaudiologia.blogspot.com.br/

 

 

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