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Ganhe mais confiança nas provas da Polícia ao entender as principais nuances sobre local de morte em Criminalística

Por Paula Bidoia 13 nov 2017 - 5 min de leitura

Muitos pensam que local do crime e local de morte são a mesma coisa, mas traremos as principais diferenças e apostas para sua prova.


Fonte: www.atualfm.com.br

Essas expressões não são a mesma se pensarmos nos tipos de morte: criminosas, acidentais, naturais. Se uma pessoa morre de forma natural, por exemplo, não podemos considerar que essa seja seu local do crime, afinal não houve crime.

Ficou mais fácil, correto?

Ai vem sua pergunta… Como saber se de fato não houve crime no local?

Amigo leitor, não é por engano que existe a função do perito, ele será o responsável por avaliar o local e a forma como se consumou o crime. Apenas com o estudo e análise cuidadosa dos indícios poderemos apurar se houve um homicídio, um suicídio, um acidente, etc. Logo, só se irá falar de “crime” a posteriori.

O perito deverá proceder ao exame minucioso e circunstância do local, referindo:

a) posição e situação do cadáver que deverão ser fotografados;

b) a distância em que o cadáver se encontra de elementos de ordem material relacionados com o evento, como a arma de fogo, o agente contundente ativo, a impressão deixada pela marca do projétil, as manchas de sangue etc;

c) a presença de pegadas, impressão digital, vestígios de luta etc.

O local de morte pode ser interno/fechado, que é o caso dos banheiros, cozinha, quartos ou externo/aberto, que são as estradas, matas.

Local de Morte e o CPP

O local de morte pode ser interno/fechado, que é o caso dos banheiros, cozinha, quartos ou externo/aberto, que são as estradas, matas.

fonte: http://blogdolevanyjunior.com

O artigo 6º, I, CPP, determina que quando tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade deverá dirigir-se ao local, cuidando para que não seja alterado, até que os peritos cheguem.

Infelizmente, curiosos ou pessoas tentando colaborar com a situação acabam retirando importantes vestígios e provas que serviriam para desvendar o crime.

Local de morte por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos

Os instrumentos cortantes, perfurantes e os contundentes são classificados em agentes mecânicos externos simples. Já os cortocontundentes;, perfurocontundentes e os perfurocortantes são classificados em agentes mecânicos externos compostos ou mistos.

Passamos a analisá-los:

Instrumentos cortantes – fáceis de manusear por serem leves e de amplo acesso, devendo ser afiado para que não ocorra contusão. É necessário que seja um objeto de ponta.

Ex. Lâmina de barbear, faca, canivete, lâmina de cortar papel, tesoura aberta

Instrumento perfurante – como o próprio nome diz, é aquele que vai perfurar quando for colocada a ponta em contato com o que se quer perfurar.

Possui haste fina e inócua e ao entrar na vítima no corpo da pessoa, afasta as fibras dos tecidos. Com relação aferida punctória ela só irá sangrar se ferir a parede de um vaso sanguíneo.

Exemplos: prego, taxinha, estaca de madeira/ferro/alumínio, agulha.

Instrumentos contundentes – são simples e variam ao infinito. Os agentes mecânicos externos variam ao infinito e são classificados em naturais, usuais, ocasionais.

Quanto à ação, encontramos a ativa (o instrumento vai em direção ao alvo) e a passiva (o alvo vai em direção ao instrumento).

Morte causada por queimadura

As mortes por queimadura prejudicam os sistemas fundamentais do corpo e podem levar a vítima a ter um colapso total.

As queimaduras são lesões nos tecidos que envolvem várias camadas do corpo, como por exemplo, pelo, cabelo, olhos.

O que muitos pensam é que as queimaduras sempre ocorrem do lado externo do corpo mas na verdade pode ocorrer de surgirem queimaduras nos órgãos internos internos que não afetam a pele.

Um bom exemplo é o cigarro, ele causa queimaduras nos pulmões mas não reflete na pele.

Já as queimaduras causadas por eletricidade são chamadas de arco elétrica e acabam destruindo e carbonizando completamente a pele no local que a corrente entra pelo corpo. Grandes choques causam paralisação e alteração do ritmo cardíaco, causando arritmias.

Com relação às queimaduras por agentes químicos, estas são provocadas por produtos venenosos, que engloba os ácidos, fenóis, entre outros. Estas lesões levam a morte do tecido, que acaba progredindo mesmo durante a queimadura.

Classificação das queimaduras:

a-  Queimadura de Primeiro Grau:

É a queimadura mais superficial e caracteriza-se por deixar a pele avermelhada (hiperemiada) inchada (edemaciada), e extremamente dolorida. Uma exposição prolongada ao Sol pode desencadear este tipo de lesão.

b- Queimadura de Segundo Grau:

Caracteriza-se pelo aparecimento da bolha (flictena) que é a manifestação externa de um descolamento dermo-epidérmico. Tem uma profundidade intermediária.

c- Queimadura de Terceiro Grau:

Caracteriza-se pelo aparecimento de uma zona de morte tecidual (necrose). É a mais profunda e a mais grave.

Morte por eletroplessão e fulminação

Na eletropressão temos o resultado da ação corrente artificial elétrica sobre o organismo do ser humano. As pessoas que recebem eletropressão apresentam queimaduras, marca elétrica de Jellineck.

Quando a vítima de eletropressão é necropsiada são encontrados sinais de edema pulmonar, edema cerebral e petéquias no pericárdio, no coração e em outras serosas. 

Já na fulminação, a pessoa falece em decorrência de ter sido atingida por um raio. Com isso, encontramos feridas contusas, perfuração da planta dos pés, além de outras queimaduras extensas.

Ao ser necropsiada, a vítima apresenta congestão vísceral, edema pulmonar e contusões das vísceras internas.

Morte por asfixia

  

As mortes por asfixia ocorrem quando há sulco no pescoço, onde poderá ser constatada a morte por enforcamento, esganadura, estrangulamento.

Quando há constrição do pescoço, encontramos lesões cutâneas no pescoço da vítima, individualizando-se a forma da morte. Essas marcas são causadas por agente causador e pela própria vítima que tenta se libertar do ato.

Poucos são os casos de luxações e fraturas nas vértebras cervicais em casos de enforcamento e raramente são vistos em casos de estrangulamento e esganadura. No estrangulamento temos a poupular “gravata”, onde são encontradas escoriações e contusões nos ombros das vítimas.

Locais de morte por sufocação

Aqui teremos o bloqueio da passagem de ar nas vias aéreas, seja pela pela obstrução mecânica de segmentos da árvore respiratória, como pelo impedimento da expansão toráxica.

A sufocação direta acontece da oclusão da boca e narinas da vítima ou obstrução da traqueia e brônquios. Já a sufocação indireta acontece nos casos de acidentes com veículos, quando as pessoas ficam presas às ferragens, impedindo o funcionamento normal do sistema respiratório.

Uffa, está sem ar de tanto estudar?

Isso ai, gaste seu folego agora para respirar aliviado na hora da sua prova.

Não vá embora sem deixar seu curtir, aproveite e compartilhe….

Referência Bibliográfica

Domingos Toccheto e Alberi Espindula, Criminalísitica: Procedimentos e Metodologias, 3ª edição, editora Millennium, 2015.

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