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Vai faltar água no Brasil?

Por Vagner Henrique Ferraz 30 maio 2016 - 4 min de leitura

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Você já parou pra pensar na importância que a água tem em nossas vidas?

O escovar de dentes, o banho, o preparo de alimentos, são processos diários e que envolvem a utilização da água para sua prática. Além é claro do consumo, indicado em pelo menos dois litros por dia.

Segundo a ONU, as necessidades básicas de uma pessoa podem ser atendidas com 110 litros de água por dia. Parece muito?

Muitos brasileiros ultrapassam diariamente essa quantidade, com certa folga. Segundo o Sistema Nacional de Informações, em 2013 os brasileiros gastaram em média 166 litros de água por dia, com extremos no Rio de Janeiro e no Maranhão, onde o consumo ultrapassou os 200 litros diários.

Atividades simples, como banho ou lavar louças consomem uma quantidade considerável deste precioso líquido. A média de consumo de um chuveiro elétrico, por exemplo, é de 9,6 litros por minuto. Isso significa que um banho de 12 minutos, consumindo 115 litros, já é suficiente para ultrapassar a quantidade sugerida pela ONU.

Porém, nem todas as pessoas possuem o benefício diário do consumo.

A falta de agua é um problema que atinge atualmente 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

Algumas estimativas afirmam que por volta do ano 2025, esse número possa subir para quase 2 bilhões de pessoas.

E como o brasil se enquadra nesse cenário?

Nos anos de 2014 e 2015, algumas regiões, principalmente na cidade de São Paulo, foram atingidas por uma crise de abastecimento ocasionada pela falta de planejamento e também pela falta de chuvas sobrecarregaram o sistema Cantareira, provocando cortes no abastecimento de aproximadamente 6 milhões de pessoas.

Ainda nos resta muita água?

O planeta terra possui uma quantidade imensa de água. Cerca de 71% da superfície do planeta é coberta por água, porém a maior parte desta é imprópria para consumo. 96,5% da água do planeta é salgada, o que significa que apenas 3,5% do total poderiam ser consumidos por seres humanos, não fosse um probleminha: a maior parte da água doce está congelada em calotas polares e geleiras. É aí que chegamos ao resultado final: apenas 0,7% de toda a água do planeta está disponível para consumo humano, e conseguimos dar conta de limitar ainda mais esse número com a poluição de rios e lagos.

E o Brasil, onde fica nisso tudo?

O Brasil possui a maior rede hidrográfica do mundo, com a maior parte de seus rios caracterizando-se como caudalosos e perenes (que não secam) com exceção da região Nordeste, que possui rios sazonais (temporários).

Além da utilização para consumo e agricultura, os rios foram parte importante para o processo de formação das fronteiras nacionais, com destaque para o rio Tietê, em São Paulo.

O Tietê possui uma característica peculiar, que permitiu a entrada no interior paulista: ele corre em direção oposta aos demais rios de sua região. Sua nascente localiza-se em Salesópolis, cidade paulista localizada na Serra do Mar, à 22 quilômetros de distância do oceano Atlântico. Ao invés de desaguar no Mar, o rio percorre mais de 1100 quilômetros, até desaguar no rio paraná.

Outro rio de extrema importância para o Brasil é o rio São Francisco, o maior rio totalmente brasileiro, percorrendo 2830 quilômetros através de 5 estados e 521 municípios.

O maior destaque para o potencial hídrico brasileiro, porém, é a Bacia Amazônica.

Presente em 7 países da América do Sul, com a mais da metade de seu total no Brasil, a bacia hidrográfica do rio Amazonas é a mais extensa rede hidrográfica do globo terrestre, ocupando uma área total da ordem de 6.110.000 km², desde suas nascentes nos Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico.

A navegação é parte essencial do modo de vida dos habitantes da Bacia. Aproximadamente 23.000 Km de rios são navegáveis, em 7 estados brasileiros. Porém o potencial hídrico não está restringido apenas aos rios. O subsolo também possui um importante tesouro aquático, com capacidade incrível de abastecimento. Você sabe o que é um aquífero?

Um aquífero é uma formação geológica, capaz de armazenar água das chuvas que se infiltram no subsolo. Ou seja, funciona como um enorme reservatório de água.

Recentemente, pesquisadores da UFPA fizeram uma descoberta importante: o SAGA, Sistema Aquífero Grande Amazônia, o maior de que se tem conhecimento no planeta, com 162 mil quilômetros cúbicos de água.

Com a quantidade de água existente no Saga seria possível abastecer toda a população humana por mais de 200 anos!

Para efeito de comparação, o aquífero Guarani, o segundo maior do planeta, possui uma reserva hídrica de 39 mil quilômetros cúbicos de água.

A descoberta do SAGA vem da pesquisa de outro aquífero, conhecido como Alter do Chão, localizado na cidade de Santarém.

Apesar de abrigar um volume tão grande, essa água dificilmente chegaria em regiões com histórico de crises no abastecimento, pois seriam necessárias obras gigantescas para seu transporte.

Para efeito de comparação, a transposição do rio São Francisco, na região Nordeste, busca atender ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A obra de transposição está dividida em dois eixos, Norte e Sul, totalizando 620 quilômetros de extensão entre desníveis de até 300 metros de altura. O investimento é de aproximadamente R$ 8 bilhões e emprega aproximadamente 10 mil trabalhadores, com previsão de término para 2017.

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