Capitalismo x Socialismo

Capitalismo e o socialismo são dois tipos distintos de sistemas político-econômicos. Até o fim da União Soviética existia o mundo bipolar, no qual havia duas potências mundiais, uma representava a ideologia do socialismo (União Soviética) e a outra, o capitalismo (Estados Unidos), ambas apoiadas por outros países que se identificavam com os respectivos sistemas.

Capitalismo

O capitalismo caracteriza-se pelos meios de produção e propriedade privados, ou seja, que estão nas mãos de vários indivíduos. As decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo (a ideia da mão invisível que controla a economia) e na teoria o mercado possui capacidade de autorregulação, sem a necessidade da interferência do Estado na economia.
Atualmente a maior parte dos países do mundo adota o sistema capitalista, com exceção de Cuba, China, Coréia do Norte e Vietnã.
A grande vantagem do capitalismo é o estímulo direto para a produtividade. Maior produção representa menores custos, que são repassados ao consumidor com preços mais baixos. No sistema capitalista a imaginação, a individualidade e a inovação são incentivados, como maneira de encontrar novos métodos de produção e de exploração do mercado para a obtenção de lucros. Entre os maiores exemplos de sucesso no sistema capitalista estão como Bill Gates, da Microsoft, Larry Page, Sergey Brin (Google), Mark Zuckerberg (Facebook), Shawn Fanning (Napster), e J.K. Rowling (autora de Harry Potter), que através de suas ideias e invenções conseguiram acumular grandes fortunas.
Uma das principais vantagens do capitalismo é também sua grande desvantagem: a produção. A busca cada vez maior pela redução de custos na produção em muitos casos leva a um desgaste e exploração do trabalhador. O ser humano é transformado em uma ferramenta da produção. Além da exploração do trabalho, existe também a exploração da pobreza, necessária para manter baixo o custo da mão-de-obra.

Socialismo

Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo.
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris).
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas ideias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, seria necessário passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Entre as desvantagens do socialismo está falta de concorrência e de diversidade no mercado, já que ele é controlado pelo Estado. A centralização do poder pelo Estado também dificulta e atrasa a tomada de decisões, feitas a partir de um processo burocrático.

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