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Entenda Melhor as Diferenças de Comportamento dos Animais de Estimação

Por Ana Paula Fernandes 13 mar 2019 - 8 min de leitura
O comportamento de um animal é o resultado de sua constituição genética, do ambiente em que vive e da experiência do animal.
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COMPORTAMENTO DOS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

 

O comportamento de um animal é o resultado de sua constituição genética, do ambiente em que vive e da experiência do animal. Cada animal tem suas necessidades básicas de alimento e água, conforto, liberdade de agir frente o medo e à dor e a capacidade de expressar comportamentos normais.

Problemas de comportamento, saúde e bem-estar tornam-se uma preocupação quando essas necessidades não são supridas. Problemas de comportamento em animais de estimação ocasiona uma frágil ligação entre animal e seu proprietário e menor comprometimento do proprietário com os cuidados ao animal. Essa é a principal razão de abandono e eutanásia de animais.

 

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Cães

Cães utilizam sinalização visual (inclusive posturas corporais, expressões faciais, posição de cauda e ouvido), vocalização e sensos de comunicação com outros cães. No entanto, o relacionamento humano-cão depende de fatores genéticos, manuseio precoce e socialização e dependem de ensinamento e suas consequências e não de dominância ou relações hierárquicas.

Há dois tipos de problemas em cães; comportamentos normais que são aceitáveis para o proprietário e os comportamentos anormais.

O primeiro tipo requer orientação ou material de informativo sobre o comportamento normal e princípios de aprendizagem e pode-se beneficiar de uma orientação de um bom treinador. O segundo tipo requer aconselhamento comportamental para determinar a causa e prognóstico, e para implementar a modificação do comportamento, ambiente de manejo ambiental e, em alguns casos, medicamentos ou suplementos.

Se o problema está relacionado a uma questão de manejo, o proprietário necessita aconselhamento sobre como prover efetivamente as necessidades do animal e como reforçar o que é desejável, evitando o que é indesejável.

Para a maioria dos problemas de cães, há necessidade de aconselhamento veterinário ou de treinadores e recursos de qualidade, bem como orientação de manejo do treinador.

Se o problema é definido como um comportamento anormal ou um problema de manejo refratário a treinamento, a resolução requer uma combinação de técnicas de modificação de comportamento, alteração do manejo para evitar problemas adicionais e uso de medicamentos e produtos no manejo comportamental.

 

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Medos e Fobias

 

Medo é uma resposta normal a um real estímulo ou situação de ameaça. Ansiedade é uma resposta ao medo e agitação, ou apreensão quando o animal prevê uma ameaça ou situação de medo. Fobia é uma resposta de medo exagerada.

A resposta de medo pode incluir respiração ofegante e salivação, cauda dobrada, orelhas baixas, olhar fixo ao longe, baixa postura corporal, vocalização ou comportamentos desordenados, como bocejar ou lamber o lábio.

 

Embora fuga ou evitação seja uma estratégia, alguns cães se tornam agressivos quando se remove o estímulo de medo. Algumas das manifestações mais comuns incluem:

1) medo de outros cães, especialmente aqueles que não estão familiarizados que parecem uma ameaça para o cão, ou aquele cão com o qual teve uma experiência desagradável;

2) medo de pessoas desconhecidas, especialmente aquelas que são novas ou que tem olhar, ação, ou cheiro diferentes daqueles que o cão está acostumado;

3) medo de estímulos inanimados, tais como ruídos altos ou não familiares, estímulos visuais, ambientes, superfícies, ou uma combinação de estímulos

4) medo de situações específicas, como clínicas veterinárias ou pet shop.

Respostas a fobias em cães geralmente estão associadas a ruídos altos ou uma combinação de estímulos, como chuva, trovão, relâmpago e, talvez, até mesmo alterações de pressão ou estática associadas à tempestade.

 

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Ansiedade pela Separação

 

Ansiedade pode levar a um comportamento destrutivo (especialmente nas saídas do domicilio ou em objetos do proprietário), vocalização de angústia, defecação e micção em locais inapropriados, salivação, estimulação, agitação, incapacidade de se acomodar, anorexia e comportamentos repetitivos ou compulsivos.

Os comportamentos são exibidos quando se deixa o cão sozinho e, geralmente, surgem dentro dos primeiros 15 a 30 min após a partida.

Há também associação entre a ansiedade pela separação e fobias por ruído e tempestades, de modo que qualquer cão exibindo sinais de uma condição deve ser avaliado para outras. Vários animais de estimação com ansiedade pela separação começam a apresentar sinais quando o proprietário se prepara para partir.

Quando o proprietário está em casa, o cão pode desejar contato constante ou proximidade com o proprietário. Quando o proprietário retorna, as respostas de boas–vindas são comumente exageradas sendo difícil acalmar o cão.

 

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Gatos

A maioria dos gatos são caçadores solitários que se alimentam de roedores e outros pequenos animais, provavelmente por isso que a sua coexistência com os seres humanos é tão bem-sucedida. Filhotes costumam aprender a preferir caçar presas que sua mãe caçou. Filhotes também podem desenvolver preferências de alimentos limitada com base na textura e sabor se não for dada uma variedade de alimentos quando jovem.

O período de socialização dos gatos é muito mais curto que o de cães e pode começar a diminuir ao redor de 7 a 9 semanas de idade. Durante este estreito período de tempo, é importante a exposição a gatos, outros animais, pessoas, e uma variedade de estímulos ambientais a fim de prevenir situações de medo.

As brincadeiras com objetos simulam uma sequência predatória e incluem atitudes de espreita, perseguição, ato de bater as patas no solo, agarrar e morder e pode ser direcionada a objetos ou parceiros sociais. Os gatos podem desenvolver preferências por substratos de defecação particulares. Vários gatos cavam antes ou após a defecação.

Os gatos são fortemente influenciados por perfumes e podem responder com comportamento de marcação por urina, fezes ou secreções sebáceas. Marcação com urina, perambular, e lutar com outros gatos são atitudes influenciadas por hormônios; castração geralmente pode prevenir ou resolver esses comportamentos.

 

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Problemas Comportamentais

 

Os problemas de comportamento de gatos podem ser classificados em comportamentos normais ou comportamentos anormais.

O primeiro tipo requer aconselhamento ou material sobre o comportamento normal e princípios de aprendizagem para que o proprietário possa garantir que as necessidades do animal sejam supridas; comportamentos desejáveis são reforçados e comportamentos indesejáveis são evitados.

O segundo tipo requer a avaliação do comportamento para determinar a causa e o prognóstico, implementar a modificação do comportamento e do ambiente e fornecer medicamentos ou suplementos, se indicados.

Os problemas mais comuns em felinos envolvem defecação e agressividade. Como os encontros agressivos entre gatos podem ser sutis e passivos, sua frequência pode ser seriamente subestimada. Tanto para a prevenção quanto para o tratamento, é importante atender às necessidades de comportamento do gato.

Como o gato normalmente gasta tempo com atividades de caça e alimentação, exploração, convívio social, descanso e atividade sexual (que é minimizada por castração), os proprietários devem ser aconselhados sobre a forma de lidar com cada um destes comportamentos.

Os proprietários devem disponibilizar uma série de brinquedos que interessam ao gato, bem como brincar com vários brinquedos até que o interesse do gato diminua. Aos gatos também podem ser oferecidos brinquedos pequenos para bater e perseguir, caixas ou recipientes para explorar, além de um brinquedo de arranhar. Proprietários de gatos também devem propiciar oportunidade para o animal escalar, empoleirar e raspar.

O ensinamento de princípios fundamentais de treinamento baseado em reforço permite aos proprietários concentrar-se em recompensar comportamentos desejáveis. Punição deve ser evitada porque pode causar medo e ansiedade frente aos proprietários ou medo de manuseio e carícias.

Na melhor das hipóteses, o comportamento indesejável cessa apenas quando o proprietário está presente. Se todas as necessidades do gato são atendidas, a melhor abordagem para um comportamento indesejável é impedir o acesso a locais onde os problemas podem surgir.

 

Os animais de estimação cada vez mais são considerados como um membro da família e merecem todos os cuidados, onde o proprietário deve orientar o comportamento do animal dentro da família impondo os limites, sendo importante conhecer melhor algumas questões comportamentais.

Deixe seus comentários descrevendo o comportamento do seu animal de estimação aqui na empresa tem o proprietário da Belinha descreve que ela fica deitada de barriga para cima imóvel todas as vezes que os donos se mobilizam na casa para sair, como pegar a chave do carro, calçar os sapatos eles têm que pegar ela no colo e leva-la para outro cômodo da casa e o proprietário da Hinata descreve que a mesma come o reboco das paredes para chamar a atenção de todos os familiares da casa principalmente quando vão viajar.

 

Referências 

https://www.cachorrogato.com.br/cachorros/caes-pequenos-racas-portes-tamanhos/
https://www.bayerpet.com.br/caes/comportamento/comportamento-cao/
Manual Merck de Veterinária 10ª Ed. Roca.
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