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Computação na nuvem (Cloud Computing): Será que realmente preciso dela?

Computação em nuvem é um modelo para permitir acesso ubíquo, conveniente e sob demanda via rede a um agrupamento compartilhado e configurável de recursos computacionais
Por Evilin Barros 22 fev 2018 - 6 min de leitura

O conceito de computação em nuvem ainda gera alguma controvérsia. Desde o advento da internet, surgiram vários fornecedores que passaram a oferecer serviços de hospedagem e criaram Data Centers que absorveram parte expressiva do parque de equipamentos que antes ficava dentro das empresas. Isso já não é computação em nuvem? Não, não é.

Computação em nuvem é um modelo para permitir acesso ubíquo, conveniente e sob demanda via rede a um agrupamento compartilhado e configurável de recursos computacionais

 Fonte: http://blog.diferencialti.com.br

Dentre as várias definições propostas, uma que vem tendo ampla aceitação pelo mercado e que é cada vez mais citada na literatura especializada é aquela proposta pelo NIST, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia do Departamento de Comércio norte-americano, em 2011:

“Computação em nuvem é um modelo para permitir acesso ubíquo, conveniente e sob demanda via rede a um agrupamento compartilhado e configurável de recursos computacionais (por exemplo, redes, servidores, equipamentos de armazenamento, aplicações e serviços), que pode ser rapidamente fornecido e liberado com esforços mínimos de gerenciamento ou interação com o provedor de serviços.”

Hoje em dia temos diversos dispositivos que permitem trabalharmos com planilhas, documentos de texto, ouvir músicas e visualizar imagens. Para visualizar um desses arquivos em um dispositivo diferente é necessário copiá-lo usando um pen drive, por exemplo. Porém é possível visualizar os arquivos em mais de um dispositivo sem a necessidade de fazer diversas cópias, basta utilizar a computação na nuvem.

Esta tecnologia já vem sendo usada há um bom tempo. Usuários que possuem uma conta de e-mail como, por exemplo no Hotmail, podem acessar seus e-mails em qualquer lugar. Ou seja, não precisam do programa Outlook Express, para poder ler e-mails, simplesmente precisam se logar numa conta de e-mail pela web, em qualquer computador conectado à internet. Não existe um software do Hotmail instalado no computador, ele é acessado pela Web, ou seja, está na nuvem.

Existem basicamente três modelos de oferta desses recursos: software – ou aplicação – como serviço (SaaS – Software as a Service); plataforma como serviço (PaaS – Platform as a Service); e infraestrutura como serviço (IaaS – Infrastructure as a Service). Cada modelo oferece controles e recursos distintos, dependendo das necessidades do usuário. Entendamos, então, um pouco sobre cada um desses modelos:

SaaS

É amplamente usado pela maioria dos usuários da internet, e não é algo recente. Um bom exemplo desta utilização é o webmail, software online pelo qual gerenciamos nosso correio eletrônico. Neste modelo basta termos acesso à internet e a um navegador, não sendo necessária a instalação de qualquer software adicional. É um modelo focado no usuário final.

PaaS

O PaaS também cria uma camada de abstração sobre os servidores e suas necessidades, mas, ao mesmo tempo, não entrega software pronto como o SaaS. O foco da plataforma como serviço é fornecer ferramentas de desenvolvimento e gestão, tendo como principais usuários as equipes de desenvolvimento que, muitas vezes, desempenham um trabalho colaborativo em seus negócios.

IaaS

Por fim temos o IaaS, talvez a grande estrela da computação em nuvem. Por que estrela? Segundo estimativas da Gartner para 2017, o investimento das empresas com infraestrutura na nuvem cresceria cerca de 37%, somando um total de US$ 34,6 bilhões. É para este modelo que uma empresa migra seu data center quando deseja não mais administrá-lo “localmente”. Embora remoto, este modelo agirá de maneira muito semelhante ao seu antigo data center, onde será necessário o devido controle sobre os recursos consumidos, sistemas operacionais instalados, dentre outros pontos. Um gerenciamento ineficiente pode resultar em custos até maiores do que manter a infraestrutura na sua empresa (perdendo uma das grandes vantagens da nuvem que é ter, em geral, custos menores), motivo pelo qual a contratação de um fornecedor confiável é fundamental para o sucesso da adoção.

Vantagens e desvantagens da computação em nuvem

É fácil se convencer de que a computação em nuvem é excepcional, e de fato é. Mas, para qualquer tomada de decisão, é importante conhecer os pontos positivos e negativos, avaliando, assim, os impactos dessa decisão.

O crescimento da computação em nuvem é inegável. Estimativas apontam que os gastos mundiais, especialmente com a contratação de nuvens públicas, totalizarão mais de US$ 203 bilhões até 2020. Comparado a 2015, esse montante representa uma taxa de crescimento de 21,5% ao ano, reflexo principalmente dos custos mais acessíveis.

O impacto comercial da nuvem é tão grande que a discussão extrapolou os setores de TI das empresas, chegando também ao setor financeiro. Já nos últimos anos, companhias que adotaram a computação em nuvem experimentaram melhoras de mais de 20% em seu “tempo de comercialização” (Time to Market), 18% na eficiência dos processos e 15% de redução com gastos em TI. Juntas essas melhorias representaram mais de 19% de crescimento nessas companhias.

Fonte: https://cdn1.mundodastribos.com

Vantagens:

– Fator financeiro;

– Alta disponibilidade, pois há garantias de que os serviços permanecerão on-line 99,99% do tempo;

– Rápida implantação e atualização;

– Melhor gerenciamento de backup e recuperação de desastres. É comum que as empresas pequenas e médias, diferente das de grande porte, não possuam estratégias deste tipo bem definidas, gerenciadas e executadas, tornando-se reféns de eventos inevitáveis e, até mesmo, de uma possível descontinuidade. A nuvem pode mudar essa realidade, garantindo fácil armazenamento e recuperação dos dados da sua empresa.

– Economia de espaço nos discos rígidos e cartões de memória, uma vez que os arquivos ficam guardados em servidores externos, sendo visualizados e editados no ambiente online, facilitando o uso em PCs mais simples e de configurações modestas.

Desvantagens:

O que certamente preocupa grande parte dos contratantes é a segurança, principalmente na nuvem pública. Mesmo sabendo que os provedores implementam as melhores técnicas e dispõem das melhores ferramentas de prevenção de ataques e invasões, há um receio quanto a este quesito.

Outra desvantagem do armazenamento em nuvem diz respeito à segurança e à privacidade dos dados guardados no serviço, uma vez que importantes informações do usuário ficam salvas em servidores online, e como o acesso a eles é feito, muitas vezes, em computadores públicos, há a possibilidade de que logins e senhas sejam roubados.

Empresas acostumadas a terem o controle total sobre seus recursos computacionais podem considerar a nuvem limitada nesse sentido. Grande parte do gerenciamento fica nas mãos dos provedores, o que pode incomodar aqueles mais inflexíveis. Podemos citar, também, a própria internet como um possível problema, na verdade a necessidade dela. Recentemente em 2017, com a passagem do furacão Maria, por exemplo, a empresa que controla um dos cabos submarinos que liga o Brasil aos Estados Unidos teve que desligar equipamentos devido às inundações que enfrentaram, o que trouxe instabilidade para alguns provedores de internet no país. Apesar de raras, são situações quase inevitáveis.

Com uma equipe especializada e focada em segurança, os provedores de nuvem conseguem implementar práticas e softwares que até grandes empresas não fazem. O que leva a suposta desvantagem da segurança a se tornar uma grande vantagem.

E então, já consegue responder se realmente precisa da nuvem? O fato é que a nuvem é um grande recurso que vem sendo largamente adotado pelas empresas e que já a utilizamos em muitos momentos do nosso dia, mas concordo que não é uma decisão fácil de se tomar.

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