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Conhecendo Foz do Iguaçu

Por Vagner Henrique Ferraz 08 jun 2016 - 5 min de leitura

Há pouco mais de 100 anos atrás era fundada a cidade de Foz do Iguaçu, na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Apesar de jovem, sua história começa bem antes.

Muito antes.

Muito antes mesmo.

Os primeiros habitantes da região chegaram por volta de 6.500 anos atrás, constituídos de grupos caçadores e coletores. Aproximadamente 2000 anos atrás chegaram os primeiros grupos tupi-guarani e também os primeiros Jê, mais especificamente Kaingangs.

Avançando um pouco mais, chegamos ao fim do século XIX, com o estabelecimento da colônia militar pelo Tenente Antônio Batista da Costa Júnior e o Sargento José Maria de Brito. A colônia tinha competência para distribuir terras aos colonos que tivessem interesse em estabelecer-se na região. Do ponto de vista estratégico, o exército preocupava-se com a ocupação da fronteira, que havia demonstrado total vulnerabilidade durante a Guerra do Paraguai, preocupando os militares em caso de novo conflito na região.

A estratégia rendeu resultado e no início do século XX o vilarejo de Foz do Iguaçu contava com aproximadamente 2000 habitantes, hospedaria, mercearias, quartel militar, mesa de rendas e estação telegráfica, engenhos de açúcar e cachaça e uma agricultura de subsistência.

As Cataras do Iguaçu estão entre os maiores ícones da cidade e também do Brasil.

Consideradas uma das sete maravilhas naturais do mundo, as cataratas são um conjunto de 275 saltos em formato de ferradura, e estão localizadas na divisa entre o Brasil e a Argentina. Apesar de batizadas por Alvar Nuñez Cabeza de Vaca como Saltos de Santa Maria, o nome Iguaçu, que possui origem indígena (Tupi-Guarani) e pode significar Água grande, prevaleceu.

 Cataratas do Iguaçu

 

As cataras estão localizadas dentro do Parque Nacional do Iguaçu. O parque foi criado em 1939, através do Decreto N° 1.035, e abriga o maior remanescente de floresta Atlântica da região sul do Brasil. A área protegida estende-se até o outro lado da fronteira, formando na Argentina o Parque Nacional do Iguazú e representando uma das mais importantes áreas de conservação e biodiversidade de toda a América do Sul. Em seu interior estão abrigadas, além de exemplares de Onça Pintada e Gavião Real, fauna e flora representativos de Foz do Iguaçu.

Você sabe quais são eles?

Uma árvore, um mamífero e uma ave.

Mais especificamente o Ipê Roxo, o Quati e o Tucano.

 

ipê roxo

 

O Ipê Roxo é uma árvore da América do Sul, conhecida pela utilização medicinal e como madeira de lei.

 

Quati

O focinho comprido, é uma das suas principais características do Quati, e não serve só para cheirar! Ele o utiliza para revirar, abrir caixas, latas, torneiras e tudo mais que encontrar pela frente. Além da utilidade prática, o focinho é também responsável por seu nome. Na língua Guarani, Quati significa “nariz comprido”

 

tucano

Foto de: Ricardo Junior – GuiaViagensBrasil.com
“Veja mais dicas sobre Foz do Iguaçu em http://www.guiaviagensbrasil.com/pr/foz-do-iguacu/”. 

Encontrado também no Parque das Aves, que fica próximo ao Parque Nacional, o Tucano é outro símbolo da cidade. Sua principal característica é o grande bico de tons alaranjados com ponta preta.

Voltando ao parque…

Apesar de ter sido oficialmente criado em 1939, os esforços para sua concepção começaram mais de 20 anos antes, em 1916. A partir de um convite da comunidade local, o mineiro Alberto Santos Dumont chegou em Foz do Iguaçu, e em visita às Cataratas ficou maravilhado com a beleza natural, porém entristecido ao saber que toda aquela beleza estava nas mãos de uma única pessoa, dona daquelas terras: o uruguaio Jesus Val.

Comprometido em tornar a área acessível a todos, Santos Dumont entrou em contato com o Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo. Em 28 de julho do mesmo ano, através do Decreto nº 653, o local foi declarando de utilidade pública, com uma área de 1.008 hectares.

A geração de energia e a ligação com o Paraguai

Uma pequena ilha no meio do rio Paraná, a poucos quilômetros do encontro com a foz do rio Iguaçu. A ilha, conhecida por ser um “lugar onde a água faz barulho” cedeu seu nome para aquela que durante muito tempo foi a maior usina hidrelétrica do mundo: Itaipu.

Construída entre 1975 e 1982, a usina é uma obra conjunta entre o Brasil e o Paraguai, sendo administrada pela Itaipu Binacional, uma empresa jurídica de direito privado binacional da qual Brasil e Paraguai possuem respectivamente 50% cada de participação. Sua construção gerou números gigantescos, tanto em materiais utilizados como em energia produzida.

Foram consumidos 12,3 milhões de metros cúbicos de concreto no projeto. A barragem tem 7.919 metros de extensão e altura máxima de 196 metros, o equivalente a um prédio de 65 andares. A quantidade de ferro e o aço utilizados permitiriam a construção de 380 Torres Eiffel! Além disso, a usina praticamente dobrou a quantidade de energia produzida no Brasil quando foi inaugurada, e ainda hoje é responsável por aproximadamente 15% do fornecimento de energia no Brasil e 75% no Paraguai.

Além da Usina de Itaipu, no rio Paraná também está localizada a principal via de acesso entre os dois países: a Ponte da Amizade. Com obras iniciadas no fim da década de 1950 e inaugurada em 1965 pelos presidentes Castelo Branco e Alfredo Stroessner, a Ponte da Amizade foi fator decisivo de atração de investimentos e negócios entre os dois países, com destaque para o nascimento da cidade de Puerto Stroessner, hoje Ciudad del Este, o segundo maior centro urbano do Paraguai e uma das maiores zonas francas do mundo.

Com todos os atrativos citados, Foz do Iguaçu configura-se como um importante centro comercial e também cultural. A cidade abriga bares, hotéis, restaurantes, cinema, museus, um campus da Unioeste e a UNILA- Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Vale a pena conhecer!

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