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Dengue, Zika e Chicungunya estão de volta, vamos relembrar seus principais aspectos e maneiras de prevenção

Por Fabíola Gonçalves Yamauchi 21 mar 2017 - 11 min de leitura

Dengue, chicungunya e zika, faz tempo que você não escutava esses nomes, não é? Pois bem, a partir de agora esse assunto volta à tona em noticiários, serviços de saúde e de utilidade pública em geral, e claro, serão cobrados na maioria dos Concursos Públicos da área da Saúde.

Dengue, zika e chikungunya

Vamos retomar os principais conceitos, novas medidas de prevenção e tratamento

Formas de tratamento e conceitos

fonte: http://www.linkietheo.nl

Com o aumento das chuvas e o início do verão, torna-se inevitável não se lembrar daquele velho mosquito causador das doenças que mais acometem a população nesse período, o Aedes aegypti, que transmite: Dengue, Zika e Chikungunya.

Além das campanhas massivas de prevenção, realizadas nos diversos níveis de governança, é preciso buscar novas ferramentas para combater o mosquito. O Ministério da Saúde alerta que o combate ao mosquito faça parte da nossa rotina, parece clichê mas depende de nós. O cuidado deve ser redobrado com a limpeza de caixas d’água, piscinas, calhas de telhados, pratos de vasos de plantas , não amontoar lixo com sacos plásticos, garrafas, pneus ou qualquer outro objeto que possa acumular água, o alerta do Ministério da Saúde vai também para as pessoas que vão viajar e deixarão as suas casas fechadas nesse período já que qualquer recipiente com água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya num curto período de tempo.

Lembrando que os ovos do mosquito Aedes permanecem vivos por cerca de um ano sem água e basta apenas um contato com umidade para que as larvas apareçam. O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, reforça o apelo para que as pessoas incluam as medidas de combate ao aedes nas atividades cotidianas do ano novo.

A população deverá habituar-se a escolher um dia da semana para realizar uma vistoria no seu imóvel e nas redondezas do mesmo, seja no seu local de trabalho, apartamento, casa ou sítio. Se cada um fizer a sua parte, evitando água parada e descoberta em locais que possam servir de criadouros de mosquito, juntos estaremos fazendo um grande mutirão semanal de limpeza em todo o país”, ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Vamos relembrar as características das doenças transmitidas pelo mosquito AEDES AEGYPTI.

DENGUE, ZIKA E CHICUNGUNYA

 

 

dengue

DENGUE

 

Assim como as outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti é uma doença viral e sua primeira identificação no Brasil foi no ano de 1986

Transmissão: Ocorre pela picada do mosquito Aedes Aegypti, já foi registrada a transmissão vertical (gestante – bebê) e também por transfusão de sangue.  Há quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Sinais e Sintomas: A infecção pela Dengue poderá ser branda até mesmo assintomática `a grave, na qual poderá causar morte.

Sinais e sintomas da dengue

fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/sintomas

Tratamento

Não há tratamento específico para Dengue!

Os cuidados são:

-Tratar os sintomas;

– Fazer repouso;

– Ingerir muito líquido

Quando aparecer os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde mais próximo, fazer repouso e ingerir bastante líquido. e NUNCA TOMAR REMÉDIO POR CONTA, PODE AGRAVAR O CASO.

Prevenção

prevenção

 

A principal forma de prevenção se dá realizando o combate do mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo e eliminando os possíveis criadouros;

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos e proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos; Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo;

Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).

 

Vacina

Em Julho de 2016 começou a ser comercializada a primeira vacina contra Dengue no Brasil, a DENGVAXIA na qual foi desenvolvida pela empresa francesa Sanofi Pasteur.

Ela é feita com vírus atenuados e é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos de dengue existentes, ela pode ser adquirida nas clínicas e hospitais particulares e está disponível para faixa etária de 9 a 45 anos.

Dosagem: são 3 doses com intervalos de 6 meses a cada dose, essa vacina não promete imunização total contra o vírus e sim de 66 % o que não é considerável alta, já que as vacinas consideradas de imunização alta são de 90%, porém possui a capacidade de reduzir os casos graves como a Dengue hemorrágica.

Obs: Não possui ação contra Zika e Chikungunya!

 

A vacinação contra a dengue ainda não é recomendada para grávidas, lactantes e pessoas com doenças imunológicas.

CHIKUNGUNYA

 

 

A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Foi identificado no Brasil a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.

Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

Sinais e Sintomas

sinais e sintomas da chicungunya

fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/sintomas

Tratamento

 

Não há vacina ou tratamento específico para Chikungunya!

São tratados os sintomas com medicação para dor nas articulações e febre: paracetamol e antiinflamatórios.

Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber muito líquido.

Prevenção

 

Assim como a dengue, a principal forma de prevenção é a eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. Quando há notificação de caso suspeito, as Secretarias Municipais de Saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos pacientes.

 

ZIKA VÍRUS

 

Também transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, foi detectado nos macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Sinais e Sintomas

sinais e sintomas do zika virus

fonte: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/sintomas

Tratamento

 

Não há tratamento específico e nem vacina para a infecção pelo vírus Zika

O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor.

Nas presença de erupções pruriginosas: os anti-histamínicos podem ser utilizados.

Assim como na ZIKA e DENGUE, não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus.

Atenção com as gestantes!!

 

gestantes

 

 

Prevenção/Proteção

– Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas calças e blusas  e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.

– Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.

– Pratique sexo seguro

 

Cuidados

 

– Procure a Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente.

– As consultas são de uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez, a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê.

– Tome todas as vacinas indicadas para gestantes.

– Nunca se medique por conta, em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde

Informação adicionais:

 

-A primeira avaliação do bebê, é logo após o nascimento, serão observados:

– O tamanho do perímetro cefálico;

-Realização da triagem Neonatal de rotina: teste de orelhinha, teste do pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames.

– O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura deve ser realizado na Unidade Básica de Saúde.

– Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.

Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas calças e blusas.

– Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis

– A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida.

– Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.

Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.

 

Cuidados com o recém-nascido com microcefalia

 

 

Microcefalia

 fonte: http://www.minutobiomedicina.com.br

Caso seja diagnosticado com microcefalia, o bebê além do acompanhamento de rotina na Unidade Básica de Saúde, ele precisará ser encaminhado para a estimulação precoce.

Alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso.

Entre pessoas infectadas pelo vírus Zika (adultos e crianças), cerca de 80% não desenvolvem sintomas, sejam adultos ou crianças. Dentre essas pessoas, apenas uma pequena parcela pode vir a desenvolver algum tipo de complicação, que deverá ser avaliada pelos médicos, uma vez que o Zika é uma doença nova e suas complicações ainda não foram descritas.

O Vírus pode ser transmitido pela Relação Sexual?

 

Com base na crescente evidência de que o vírus pode ser sexualmente transmissível, em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o guia interino de prevenção da transmissão sexual do vírus Zika. A OMS recomenda, dentre outras medidas, a prática de sexo seguro por mulheres gestantes que vivem em áreas de alta transmissão do vírus, segundo CDC (Center for Disease Control and Prevention) mesmo que pacientes sejam assintomáticos, a transmissão pode ocorrer.

O Ministério da Saúde vem acompanhando a situação do vírus Zika no mundo, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e outros organismos internacionais.

Quem foi infectado pode adquirir o vírus novamente?

 

Outros vírus parecidos com o Zika geram imunidade para a vida inteira. Quem já teve dengue pelo vírus 1, por exemplo, não voltará a ter pelo mesmo vírus. O mesmo acontece com a febre amarela. Porém, ainda não há estudos suficientes para afirmar isso em relação ao vírus Zika.

 

Mais informações sobre esse temido mosquito

 

Por que só a fêmea pica?

A fêmea precisa de sangue para a produção de ovos. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar (néctar, seiva, entre outros), mas como o macho não produz ovos, não necessita de sangue.

Utilizar calças compridas e meias, evita a picada do mosquito?

Sim, porque o Aedes aegypti pica as pessoas preferencialmente nas pernas e nos pés. Ele não gosta de claridade e é atraído pelo calor, por isso teria preferência por tecidos escuros. O importante é eliminar os criadouros do mosquito, para que ele não circule.

 

O vírus ZIKA causa Guillain Barré?

A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune onde o próprio sistema imunitário produz anticorpos para combater as suas células nervosas, causando reação a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e tem como sintoma a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos.

Os sintomas começam pelas pernas, podendo, em seguida, irradiar para o tronco, braços e face. A síndrome pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros.

O principal risco provocado por esta síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, devido à dificuldade para respirar, o que pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório.

O vírus Zika pode provocar a Guillain Barré,a pesquisa atual do CDC sugere que a SGB está fortemente associada ao Zika, porém, apenas uma pequena proporção de pessoas com infecção recente pelo Zika vírus contrai a SGB.

 

 

A prevenção e o conhecimento dos sintomas nos farão minimizar as complicações e eliminar esse temido mosquito!

 

O ano só está começando, que tal nos enviar sugestões, críticas e dicas de temas para que possamos abordar aqui.

 

Referência: http://combateaedes.saude.gov.br/pt/tira-duvidas#dengue
http://portalsaude.saude.gov.br
http://exame.abril.com.br

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