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Conheça os sintomas e tratamentos para a doença celíaca e quais são as suas causas.

A doença celíaca (DC) é uma condição crônica, auto-imune e sistêmica desencadeada pela ingestão de glúten.
Por Tatiane Mantovano 29 set 2017 - 4 min de leitura

A doença celíaca (DC) é uma condição crônica, auto-imune e sistêmica desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, malte, cevada, centeio e seus derivados (figura 01), provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água.


Figura 01. http://receitasfitts.com.br/wp-content/uploads/2017/03/15-310×165.jpg

Há relatos da doença descritos na Grécia Antiga por Areteu da Capadócia e no século XIX, por um médico chamado Mathew Baillie. Naquele período, as pessoas ficavam desnutridas e acabavam falecendo pelas complicações da desnutrição. Atualmente, estima-se que de 1% a 2% da população tenha doença celíaca, um percentual bem superior ao registrado na década de 1970, que ficava na casa de 0,03%.

Sintomas da doença celíaca.

Nos doentes celíacos a ingestão de qualquer quantidade de alimentos com glúten desencadeia uma inflamação da mucosa intestinal, que se vai agravando de forma progressiva, provocando inúmeros problemas no organismo. Apesar de algumas pessoas com doença celíaca não apresentam sintomas ao diagnóstico, os mais frequentes são:
-Dor abdominal;
-Diarreia;
-Prisão de ventre;
-Flatulência;
-Distensão do abdômen;
– Fraqueza;
-Perda ou dificuldade para ganhar peso;
-Intolerância a lactose
-Vômito;
– Evacuação grandes e volumosas de fezes pálidas e muito mal cheirosas;
– Irritabilidade ou apatia
-Queda frequente de cabelo;
-Dor nas articulações;
-Enxaqueca
-Diminuição do apetite;
– Lesões de pele;
-Anemia;
-Déficit de crescimento em crianças;
– Infertilidade.

Como os sintomas da doença são muito variáveis, esses sinais se confundem com os de outros problemas, como a intolerância à lactose, a síndrome do intestino irritável e até mesmo outras alergias alimentares. Por isso o diagnóstico da doença celíaca não é fácil de ser feito e muitas vezes levam anos para ser detectados.

Diagnóstico da doença celíaca.

Quando o paciente apresenta um quadro clinico especifico que caracteriza a doença o médico deve seguir os seguintes para exames para confirmar a enfermidade:

1. Exame de sangue: Indicado para verificar e dosar os anticorpos presentes no sangue do indivíduo Os exames mais precisos e confiáveis são os sorológicos Antiendomísio e Antitransglutaminase. Lembrando que para o diagnóstico da doença é necessário estar consumindo glúten normalmente. Mostra que o corpo está reagindo ao glúten, destruindo a mucosa intestinal e deixando de absorver nutrientes importantes (Figura 02).


Fonte 02. http://dietasemgluten.blogspot.com.br/2017/

2. Exame genético: Esse tipo de exame avalia a predisposição genética para desenvolver DC, mas sozinhos não dizem se a doença está ativa ou não. Para fazê-lo não é necessário estar consumindo glúten e seu resultado nunca mudará pois não há como mudar nossos genes. Recentemente, demonstrou-se que a presença dos marcadores DQ2 e DQ8, do grupo HLA-DQ estão associados à doença celíaca (Figura 03).

Figura 03. Fonte- http://www.glutenfreebrasil.com/single-post/2014/06/24/Sensibilidade-ao-gl%C3%BAten-e-gen%C3%A9tica-existe-rela%C3%A7%C3%A3o

3. Biópsia intestinal: Um diagnóstico seguro só pode ser fechado após a biópsia intestinal realizada por meio da endoscopia digestiva alta. A biópsia vai verificar se existe atrofia das vilosidades da célula do intestino (Figura 04).

Figura 04. http://www.fleury.com.br/medicos/educacao-medica/artigos/Pages/doenca-celiaca.aspx

Tratamento doença celíaca.

Para os indivíduos portadores da doença celíaca existe apenas um tratamento: uma dieta rigorosa, onde devem ser retirados TODOS os alimentos e preparações que contenham o glúten. Não se deve comer ” só um pouquinho ” desses alimentos, pois podem ocorrer consequências danosas e irreversíveis para o paciente. Portanto, a vigilância da dieta deve ser permanente, já que a ingestão de glúten pode acontecer até sem que a gente perceba, como por exemplo:
– Através de óleo de fritura utilizado no preparo de alimentos com glúten e depois para a fritura de alguma preparação sem glúten;
– Utilização da mesma faca para se passar margarina em pão com glúten e depois passar em bolacha sem glúten.

Legislação que ampara os portadores da doença celíaca.

Lei Federal Nº 10.674, de 16 de Maio de 2003

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Todos os alimentos industrializados deverão conter em seu rótulo e bula, obrigatoriamente, as inscrições “contém Glúten” ou “não contém Glúten”, conforme o caso.
§ 1º A advertência deve ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos respectivos assim como em cartazes e materiais de divulgação em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura.
§ 2º As indústrias alimentícias ligadas ao setor terão o prazo de um ano, a contar da publicação desta Lei, para tomar as medidas necessárias ao seu cumprimento.
Brasília, 16 de maio de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Humberto Sérgio Costa Lima
Marcio Fortes de Almeida
D.O.U. de 19.5.2003

Avanços na ciência podem levar a cura da doença celíaca.

Pesquisadores da Universidade de Chicago chegaram à conclusão de que a doença celíaca poderia ser causada por um vírus, e não apenas ser uma condição genética. O vírus é conhecido como reovírus e pode fazer com que nosso sistema imunológico rejeite o glúten, que, basicamente é a junção das proteínas encontradas no trigo, cevada e centeio. Diante disso, atualmente estão tentando desenvolvendo uma vacina capaz de ser a solução para a cura da doença.

 

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