Educação Transformadora: é mais simples do que parece!
Se você é candidato(a) a concursos cargos na área da educação, ou mesmo se você já for um profissional do setor, é bem provável que você já tenha escutado a expressão Educação Transformadora.
O termo/ideia não é novidade e já ocupou posição de maior destaque em debates pedagógicos, variando de acordo com a política educacional adotada, afinal, falar em Educação Transformadora passa por falar em Paulo Freire.
Fato é que a expressão está aí e se você quer entende-la melhor para participar de debates ou para responder questões de provas, está no lugar certo.
Confira a seguir um entendimento simples sobre o tema!
O que é a Educação Transformadora?
A Educação Transformadora ou Pedagogia Transformadora (encontrará essa definição dependendo da sua fonte de informação) é o termo utilizado para a proposta de mudança no processo de ensino.
Ela propõe à Educação o papel de transformadora da realidade do aluno e não apenas a função de transmissora de informações.
A definição ainda está meio enrolada? Sem problemas.
Veja dessa forma: o ensino tradicional funciona de um modo simples (na teoria). O conteúdo/informação tem um caminho bem definido, ele parte do professor em direção ao aluno. Esse conteúdo segue uma base previamente estabelecida de acordo com o currículo adotado.
É uma perspectiva que passa uma falsa sensação de aprendizagem homogênea, já que a mesma informação é passada do mesmo modo para TODOS os alunos. Nesse cenário, os alunos desempenham apenas o papel de receptores e entende-se que todos têm a mesma condição de absorver as informações de maneira igual (ah! Se o mundo fosse perfeito…).
Sem estender o debate, e definindo de forma simplista, o problema desse método é que ele desconsidera o aluno como agente ativo no processo de aprendizagem e ignora a realidade de que, afinal de contas, não são todos iguais.
A Educação Transformadora surge como uma solução de mudança nessa condição dos alunos. No seu entendimento, cada aluno tem uma realidade social, econômica e/ou cultural diferente. Portanto o processo educacional deixa de ser centrado apenas na transmissão de informações por parte dos professores e passa a ser um exercício de desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos, em que, se executado da maneira correta, permite aos alunos usar o que aprenderam em seu contexto de vivência e realidade e mundo.
Não se pode esperar que o aluno(a) “x”, filho único de pais da classe média, com acesso a eletrônicos e internet, que faz viagens em família todos os anos e tem como sua única cobrança de vida boas notas, tenha o mesmo entendimento sobre um tema como “Movimento Operário”, do que o aluno(a) “y”, órfão de pai, que divide o quarto com três irmãos, e que as vezes tem sua única refeição quando frequenta a escola.
É levando em consideração essas diferenças que a Educação Transformadora atua.
A teoria é bonita. E a prática?
Realmente! Trazendo para cá um dos comentários mais usados pela imprensa boleira especializada: “no papel, tudo funciona!”.
Se essa página fosse um fórum e abaixo tivéssemos uma área para debates, tenho certeza de que a maioria dos comentários seguiriam o tom das críticas. E olha, eu entendo perfeitamente! Essa é uma teoria linda que na prática é difícil de ser sustentada quando os professores encontram salas superlotadas, falta de material, currículo engessado, dirigente enchendo o saco para seguir as recomendações, desrespeito por parte dos alunos, pais de alunos, governo, sociedade, imbecis que ocupam cargos no Legislativo e Executivo e uma lista enorme que segue…
Mas! (Imaginem meu dedo em riste).
O objetivo desse blog é tentar ensinar o que é e como funciona essa pratica. Peço que façam uma forcinha para segurar emoção e sorvam daqui o que é útil para seu trabalho ou prova.
Na prática, vocês podem (essa fala é específica para professores) dar um jeitinho discreto, mesmo que generalizado.
– Tentem entender a condição humana regional dos seus alunos.
– “Pesquem” as informações chaves do conteúdo a ser trabalhado e transforme-as para a realidade da sua sala.
– Sejam críticos ao conhecimento que o material propõe.
– E principalmente, não desprezem o conhecimento que os alunos trazem na bagagem.
Ohkey! Mas como?
Bom, vamos ser a seguir algumas situações ou aspectos que são comuns encontrarmos na sala de aula.
Uso da Tecnologia
Sabemos que é impossível ignorar a presença da tecnologia entre os jovens. Pode-se discutir o acesso ou não dos alunos a determinados serviços ou aparelhos, mas é praticamente impossível encontrar jovens que não saibam o que são redes sociais, quais jogos são populares ou aplicativos estão na moda.
Se é impossível competir com o interesse dos alunos por esse mundo, a tecnologia pode se tornar uma aliada no processo de aprendizagem. Seu uso, e o apelo aos jovens, seja pelos aparelhos, jogos, redes ou vídeos, é uma prática que não pode mais ser ignorada.
Interdisciplinaridade
Pode parecer um assunto batido, mas não é! A interdisciplinaridade é parte importante do processo da Educação Transformadora. Até os exemplos dos benefícios da aproximação entre as matérias são simples.
Imagine: como um aluno(a) responderá uma questão de Ciências se ele(a) não é capaz de interpretar o que é pedido na questão? A bagagem do aluno em língua portuguesa afeta diretamente seu aprendizado em Ciências. Isso não pode ser restrito apenas a uma possível dificuldade de aprender Ciências diante de um aluno(a) que não tem problemas em leitura e interpretação.
Esse entendimento é claro?
Bagagem além da escola
A terceira e última dica gira em torno da bagagem de conhecimento que o aluno traz com ele. Mas não estamos pensando na bagagem referente a disciplinas (como no exemplo acima), estamos falando de sua bagagem referente ao mundo.
Incentive a participação dos alunos e sempre que possível os incentive a opinar sobre N assuntos. Só opina sobre algo quem pensa sobre algo. Entenda como eles veem e entendem por exemplo o tema “desemprego”.
Levar em consideração a experiências reais do aluno com o mundo não só vai enriquecer a experiência de aprendizagem como um todo, como pode facilitar o trabalho do próprio profissional da educação em tematizar e ilustrar novos conhecimentos para os alunos!
E aí? Vocês têm um entendimento diferente sobre a Educação Transformadora? Acham que o processo é mais difícil do que parece?
Comentem e compartilhes conosco sua opinião!
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