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“Globalização” e “Políticas Neoliberais”: entenda esses termos de uma vez!

Por Matheus De Marchi 21 nov 2021 - 6 min de leitura

Globalização e Políticas Neoliberais são termos que fazem parte daquela conhecida lista de coisas que sabemos o que é, mas encontramos dificuldade em definir ou explicar para outra pessoa. Quando tentamos, acabamos nos enrolando e percebemos que “na nossa cabeça era de outro jeito”.

Esse é um constrangimento mais comum do que parece, e no caso desses dois termos, é mais do que justificável, pois ambos, apesar de terem uma definição simples, sofreram influência e modificações ao longo do tempo.

Afinal, o que poderia sobreviver sem alterações depois de algumas centenas de anos?

Mas não se preocupe, se o seu objetivo é mandar bem na redação do ENEM ou gabaritar questões de concurso, estamos aqui para ajudá-lo(a)!

Confira a seguir um resumão sobre Globalização e Políticas Neoliberais (neoliberalismo).

Sobre a Globalização

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A Globalização pode ser entendida como um processo de integração. Com diferentes características ao longo do tempo, quando falamos em Globalização, falamos em integração de pessoas, bens, valores, cultura, ideias… (a lista é longa!).

É aquela velha explicação que você provavelmente ouviu de algum professor de Geografia na escola: “com a Globalização, o mundo ficou menor”.

Como sabemos que não reduzimos o tamanho físico do mundo com o passar dos anos, quando usamos essa frase, queremos dizer que as mesmas distâncias e dificuldades encontradas a duzentos anos atrás, por exemplo, para comprar porcelana chinesa ou enviar uma carta com nudes em preto e branco para o(a) crush em Londres, hoje não passam de parte comum do dia a dia de muita gente, com o máximo de problema ocasionado pela transportadora/correios ou operadora de internet.

Essa facilidade em enviar uma mensagem ao invés de uma carta e trazer de avião um produto ao invés de esperar por um navio a vela, é fruto da evolução tecnológica ao longo do tempo. Nunca trocamos tantos produtos/informações em tanta quantidade em tão pouco tempo!

A essa rede de conexões mundial, podemos dar o nome de Globalização.

Nem sempre a Globalização foi “tudo isso”

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Muitos historiadores irão referir o início desse processo lá pelos longínquos séculos XV/XVI, tendo como evento central as Grandes Navegações Marítimas.

Se por um lado você pode ser anacrônico e bater na mesa afirmando que esperar meses para receber um saco de pimenta em péssimo estado de conservação não pode ser comparado com o que entendemos como Globalização hoje, por outro você deve se lembrar: antes desse período, você não receberia nada nem em meses.

O fato é que a Globalização evoluiu na forma de ciclos, em que cada salto tecnológico possibilitava um corpo mais robusto ao termo.

* Ah! Vale lembrar: o termo Globalização se popularizou apenas na década de 1980. O que não significa que o processo já não estivesse ocorrendo.

Voltando ao assunto, entre esses ciclos, podemos citar as Revoluções Industriais, o Militarismo do início do século XX as Guerras Mundiais e finalmente seu “boom”, no início dos anos 1990, com o final da Guerra Fria.

As consequências disso são inúmeras, mas para citar apenas algumas podemos lembrar de como a língua inglesa passou a ser aceita mundialmente como uma língua “universal”, a formação de blocos econômicos com o objetivo de aumentar as relações entre seus membros e, quem diria? A forma como usamos a internet, pois ela talvez seja a principal ferramenta que exemplifica o quão facilmente podemos consumir cultura ou ideias que estejam em qualquer parte do mundo.

Sobre o Neoliberalismo

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Definir o termo Neoliberalismo é até mais simples do que o nosso tópico anterior.

Se você é um usuário ativo de redes sociais, mesmo que não procure por esse tipo de tópico, provavelmente já viu alguma discussão entre defensores de lado A ou lado B a respeito disso. Políticas Neoliberais nada mais são o que o conjunto de ideias políticas e econômicas que defendem a não participação (ou participação mínima) do Estado na economia do país.

Ela defende que essa liberdade econômica possibilita a autorregulação do mercado, que por sua vez, possibilita o crescimento econômico e social do país.

O Neoliberalismo foi uma resposta direta à crise do petróleo dos anos 1970, em que, adivinhe só, os principais exportadores mundiais (países árabes) organizaram um embargo a países da Europa, EUA e alguns vizinhos africanos.

Entender o contexto fica fácil depois de sabermos isso. Governos de X países interferem na economia mundial através do embargo de um produto essencial. A resposta é uma política econômica que prega a não intervenção governamental.

Entre o segmento que defende o uso de Políticas Neoliberais, alguns argumentos são:

– possibilidade da criação do chamado “Estado-mínimo”, logo, mais eficiente;

– com uma atuação menor do Estado, haveria menor cobrança de impostos e tributos;

– privatização de empresas estatais, logo, maior eficiência;

– economia mais competitiva;

– maior desenvolvimento tecnológico;

– livre concorrência, o que possibilitaria queda de preços e redução da inflação.

Entre o segmento que é contra o uso de Políticas Neoliberais, podemos citar outros argumentos:

– a não intervenção do Estado só beneficia potências econômicas e empresas multinacionais, que facilmente abocanhariam a economia local mais frágil;

– aumento da dependência do capital internacional;

– salários mais baixos;

– aumento das diferenças sociais;

– privatização de empresas estatais, que, dependendo do seu ponto de vista, tira do controle do Estado o poder sobre serviços essenciais como saúde, comunicação ou energia.

Quero apenas deixar claro que estamos aqui falando de teoria, se na prática isso funciona ou não, podemos debater depois, na área de comentários.

Neoliberalismo ou liberalismo?

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E aí? São tudo a mesma coisa?

Não! Não são, mas felizmente existe uma prerrogativa comum aos dois termos.

Quando falamos em Liberalismo, estamos falando de uma doutrina do século XVIII. As ideias em torno dela surgiram para fazer oposição à política mercantilista, base do entendimento durante as Grandes Navegações.

Sem surpresa nenhuma, você deve se lembrar que o Mercantilismo, com suas características próprias, era marcado por forte intervenção Estatal na economia e na política. O liberalismo defende justamente uma ideia contra essa intervenção, como por exemplo, o fim do Estado Absoluto, o direito à propriedade privada e a relação entre povo e governo baseada em Constituição e Leis e não apenas naquele papo do “Direito Divino”.

Se no Neoliberalismo falamos em “Estado mínimo”, no Liberalismo, o jargão usado nas redes sociais da época girava em torno da “mão invisível do Estado”. Bem mais impactante na minha opinião.

O Neoliberalismo, como dissemos acima, surge também em um contexto em que alguns segmentos desejavam a diminuição da Intervenção Estatal. O que mudou foi o período em que ele surgiu e claro, as características da intervenção que ele também quer combater.

Existem vantagens no emprego dessa Política?

Sim!

Existem desvantagens no emprego dessa Política?

Sim!

O fato é que, assim como candidatos políticos, as pessoas estão tomando lados como se escolhessem um time de futebol. Isso também vale para quem defende ou abomina o Neoliberalismo.

Para você, candidato(a), o importante é saber do que se trata e mesmo que tenha (você deve ter) uma opinião sobre o assunto, na hora da sua prova, não deixe a emoção conduzir seu raciocínio.

Felizmente, aqui você pode extravasar esse sentimento. E aí? A ideia de um Estado Mínimo te agrada? Deixa sua opinião para a gente saber!

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