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Guia sobre funções celulares e seus processos de divisão

Por Tatiane Mantovano 28 ago 2015 - 7 min de leitura

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A célula é a estrutura mais básica que temos, e através dela são formados os tecidos, os órgãos e os sistemas que formam os organismos, como por exemplo o ser humano. Diante disso, precisamos estudá-la para entender o funcionamento dos organismos.

O que são células?
As células são unidades funcionais e estruturais dos seres vivos (bactérias, animais e vegetais), que os diferem da matéria bruta. Estas são encontradas na maioria dos seres vivos, com exceção dos vírus.
Cada célula do nosso corpo tem uma função específica, mas todas desempenham uma atividade “comunitária”, trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É como se o nosso organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as outras, dividindo o trabalho entre si, garantindo a execução das inúmeras tarefas responsáveis pela manutenção da vida.

Como funcionam?
As células trabalham como uma fábrica, que obtém matérias-primas para funcionar e utiliza parte delas para a produção de energia, e o restante para a fabricação de materiais de uso interno, ou para exportação. Entretanto, durante o processo de produção são gerados resíduos que devem ser eliminados da “fábrica”. Para que esta fábrica tenha um bom funcionamento existe um importante setor que administra e coordena todas as suas atividades. Além disso, as células tem a capacidade de formar franquias de funções idênticas a ela. Desse modo, as funções básicas das células são:
-Obtenção de alimentos (matéria-prima);
-Produção de energia para funcionar;
-Coordenar todas as funções celulares
– Reproduzir-se.

Do que são formadas?
Para realizarem determinadas funções, as células necessitam de determinadas estruturas que constituem seus componentes básicos. Comparando as células pertencentes a uma bactéria, um vegetal e um animal é possível observar que todas apresentam as seguintes partes:
– Membrana plasmática: A membrana plasmática, também conhecida como envoltório externo, reveste externamente as células e apresenta permeabilidade seletiva, isto é, controla a passagem de substâncias que entram e saem da célula, regulando as trocas entre o conteúdo interno e externo;
-Hialoplasma: O hialoplasma constitui o material transparente e gelatinoso, formado por uma solução viscosa, composta principalmente de água e proteínas, e no qual ocorrem muitas reações químicas importantes, inclusive a liberação de energia para o funcionamento celular;
-Ribossomos: são corpúsculos mergulhados no hialoplasma que são responsáveis pela síntese de proteínas, substâncias indispensáveis à construção e funcionamento celular;
Cromatina: A cromatina consiste em um emaranhado de filamentos muito finos que contém a informação necessária ao controle do funcionamento celular e ao comando para a formação de novas células.

Embora uma célula tenha como componentes básicos a membrana plasmática, o hialoplasma, os ribossomos e a cromatina, você precisa ter em mente que as células vegetais e animais são estruturalmente mais complexas. Diante disso, além dos componentes celulares básicos apresentam as seguintes organelas membranosas em comum:
– Retículo endoplasmático: Organela relacionada ao transporte e o armazenamento de matérias dentro da célula;
– Sistema golgiense: Organela responsável pela secreção celular
– Mitocôndias: Organela responsável pela produção de energia
– Lisossomos: Organela responsável pela digestão intracelular.

Além destas organelas, estas células apresentam ainda algumas que as diferenciam, sendo estas:

– Células vegetais: Nestas, encontramos estruturas que não encontramos na célula dos animais: a parede celular, cloroplastos e o vacúolo. A parede celular confere uma proteção a mais para a célula vegetal, já que nenhuma planta pode andar para se proteger do calor excessivo e assim evitar a perda de água, os cloroplastos produzem e armazenam a clorofila, pigmento importante para a absorção da energia da luz para o processo de fotossíntese e os vacúolos funcionam como armazém de água e nutrientes
– Células animais: A organela exclusiva de uma célula animal é o centríolo que participa no processo de divisão celular, formando o fuso acromático.

Como as células se dividem?
Os seres vivos são formados por células e para que um organismo possa crescer ou repor as células mortas, novas devem ser formadas. Além disso, a formação de novos organismos depende, na maioria das espécies, da produção de células especiais- os gametas. Estes se unem através da fecundação para produzir o zigoto, a primeira célula que constitui o organismo.

Os processos que permitem a formação de novas células são os mecanismos da divisão celular: a mitose e a meiose. Embora sejam processos distintos, eles apresentam um ponto em comum, uma vez que qualquer célula antes de entrar em mitose ou meiose deve duplicar seu material genético.
Essa duplicação ocorre durante a intérfase, período no qual a célula não está em divisão, porém em grande atividade, sintetizando material para seu crescimento e preparando-se para a divisão, isto é, para mitose ou meiose.

– Mitose:
A mitose é um tipo de divisão celular que forma células-filhas com o mesmo número de cromossomo da célula-mãe que ocorre em todas células do corpo. Por meio da mitose, uma célula com número X de cromossomos divide-se em duas com o mesmo número de cromossomos. Desse modo, a mitose mantém o número constante de cromossomos das células, formando células idênticas a célula inicial, condição essencial para o crescimentos dos organismos pluricelulares, isto é, organismos formados por duas ou mais células.

A mitose pode ser dividida em quatro fases, sendo estas:
1. Prófase: Nessa fase os cromossomos começam a aumentar sua espiralação, o nucléolo começa a desaparecer e forma-se em torno do núcleo um conjunto de fibras originadas constituindo o chamado fuso de divisão (ou fuso mitótico).
2. Metáfase: Nessa fase os cromossomos atingem o máximo em espiralação, encurtam e se localizam na região equatorial da célula e ocorre a duplicação do centrômero
3. Anáfase: Nessa fase as fibras do fuso se encurtam e em consequência, cada cromossomo-irmão é puxado para os polos opostos da célula
4. Telófase: Nesta última fase da mitose os cromossomos iniciam o processo de desespirilação, os nucléolos reaparecem nos novos núcleos celulares e a carioteca se reorganiza em cada núcleo-filho.

– Meiose
Diferentemente da mitose, em que uma célula-mãe, por exemplo, se divide formando duas células- filhas idênticas (divisão equacional), a meiose é um tipo de divisão celular em que uma célula diplóide produz quatro células haplóides, sendo por este motivo considerada como uma divisão reducional. A redução cromossômica é decorrente de uma única duplicação cromossômica seguida por duas divisões nucleares sucessivas, a meiose I e a meiose II.

– Meiose I (Primeira Divisão Meiótica)
A meiose I compreende as seguintes fases:
1. Prófase I: É a etapa mais importante da meiose uma vez que ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos e pode acontecer um fenômeno conhecido como crossing-over, responsável pelo aumento da variabilidade genética dos indivíduos;
2. Metáfase I: Nesta fase os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região central da célula; e cada um prende-se a fibras de um único pólo;
3. Anáfase I: Nesta fase ocorre encurtamento das fibras do fuso que separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, vale lembrar que não há separação das cromátides-irmãs;
4. Telófase I: No final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haplóides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II.

-Meiose II (Segunda divisão meiótica)
A meiose II compreende as seguintes fases:
– Prófase II: cada uma das duas células-filhas tem apenas um lote de cromossomos duplicados. Nesta fase os centríolos duplicam novamente e as células em que houve formação da carioteca, esta começa a se desintegrar;
– Metáfase II: Nesta fase os cromossomos prendem-se pelo centrômero às fibras do fuso, que partem de ambos os pólos;
– Anáfase II: Nesta fase os centrômeros se duplicam e as cromátides-irmãs separam-se;
– Telófase II: Nesta fase ocorre a reorganização dos núcleos, as quatro células-filhas haplóides são separadas, apresentando a metade do número de cromossomos em relação à célula que iniciou a meiose.

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