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Brasil Pré-colonial e Brasil Colonial causam confusão? Aqui não!

Por Matheus De Marchi 06 mar 2019 - 6 min de leitura

Diferenciar os períodos Pré-Colonial e Colonial do Brasil parece algo simples, afinal o que são 30 anos frente aos 322 que compõe todo o período colonial?

De fato é… Mas muitas pessoas relaxam por conta disso e acabam “encaixando” eventos no “buraco” errado.

O QUE??

É… Quem nunca, certo?

De cara a gente pode entregar uma definição: “foi o período entre o descobrimento e o ano de 1530”.

Simples demais para concursos né?

Também acho. Mas é o que de fato foi. Aqueles outros buraquinhos que são as características do período nós vamos ver aqui embaixo (…). Logo, ninguém vai ter desculpa para errar o encaixe depois desse blog. Pelo menos não de propósito.

 

Parecia um carnaval!

  

Diferenciar os períodos Pré-Colonial e Colonial do Brasil parece algo simples, afinal o que são 30 anos frente aos 322 que compõe todo o período colonial?

< https://giphy.com/gifs/sonymusiccanada-g5ahv5KXL21TG>

 

Vamos nos deixar levar pelo momento… O Brasil Pré-Colonial tinha um monte de gente sem roupa e pouca supervisão.

A galera sem roupa fica por conta daquele pessoal fantasiado de índio nos bloquinhos (por favor, entendam a piada).

E a pequena supervisão ficou por conta do descaso da Coroa lusitana.

Mas foi um descaso carinhoso… E por motivos de força maior. Motivos, aliás que hoje parecem ser motivos para tudo: dinheiro.

Logo após tomar posse das terras pertencentes aos indígenas que aqui viviam, imediatamente Portugal voltou ao seu maior interesse no período.

Isso mesmo! Ele se dedicou a xavecar a/o crush de outro bloquinho!!!

O comércio de especiarias das Índias ia muito bem, obrigado!

Como logo de cara, mas de cara mesmo, os portugueses mal procuraram… (e não encontraram). Portugal meio que nos deixou de segunda/terceira/quarta opção de contatinho de carnaval.

Mas não era para tanto desaforo né? Tínhamos também nossas qualidades para seduzir os europeus… E pelo que percebemos, o que tínhamos de fato e que estava em falta em toda a Europa…. Era o PAU-brasil!

A quinta série vibraaaa com as piadinhas super-maduras!

Piada de tiozão de lado, de fato o Pau-brasil foi o único produto economicamente viável (leia-se lucrativo) que tínhamos a pronta entrega e por baixo custo de produção/extração.

Isso porque quem fazia todo o serviço pesado eram os indígenas, através da prática conhecida como escambo.

 

Um baita xavequinho mal feito…

  

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…. Na época não tínhamos a campanha por um carnaval sem assédio… Afinal, NÃO é NÃO! Entendam!

Bom… Alguém não entendeu à época. A verdade é que a prática do escambo aconteceu de forma extremamente vantajosa para os portugueses. Eles entregavam tralhas aos indígenas (espelhos, facas, roupas…) e nossos injustiçados habitantes trabalhavam como professores (&¨%$## e mal pagos).

Mas as coisas não eram exatamente como nos venderam. Na verdade, apesar de ficarem realmente impressionados com as tralhas que recebiam (afinal eram novidades mesmo), os indígenas só concordavam com essa proposta abusiva porque por suas tradições, acreditavam que também estavam firmando alianças com os portugueses. Que em caso de conflitos receberiam auxílio e ajuda verdadeira…

Mas vocês já sabem né?

A aliança foi interessantíssima aos portugueses enquanto havia extração. Quando os indígenas viram que a amizade sincera só rolava de um lado e tentaram parar, escravidão neles! O “não” não foi não! =/

A prática do escambo deu lugar à prática da escravidão. O Brasil Pré-colonial tem dessas…. Ah! E não confundam os termos.

Escambo era essa prática de trocas. Estanco era a concessão que a coroa dava para algum comerciante/cia que desejasse explorar o Brasil (em troca de um “justo” valor).

Em cima de exploração e violência o governo português pensava que tudo ia muito bem… O que ele não sabia (na verdade sabia sim) é que já tinha gente abutrando seu bloquinho aqui, e tratando muito melhor o mosão tupiniquim

 

As expedições

  

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Pois é… Se Portugal desdenhava, a França queria comprar.! Não só ela, mas nesse período a França foi o maior rival para o feliz carnaval lusitano.

E sob a ameaça de ganhar um par de acessórios na cabeça característicos dos bois, a coroa se meche e organiza algumas expedições para garantir que ninguém de fora beberia da sua fonte.

As duas primeiras expedições tinham um caráter mais exploratório/comercial. Elas foram lideradas por Gaspar de Lemos e Gonçalo Coelho respectivamente.

A primeira tinha em seu centro a ideia de exploração mesmo. Mapear e reconhecer o litoral nacional.

A segunda tinha um caráter mais comercial. A coroa fez acordos com grupos de comerciantes (com Fernão de Noronha chefiando esse grupo) concedendo a eles o direito de explorar nosso território (Pau-brasil).

A contrapartida seria o auxílio na vigilância do território com número mínimo de feitorias construídas e mantidas no litoral.

Posteriormente essas missões passarem a ter um caráter mais militar. Vendo que os franceses estavam ficando mais ousados no xaveco para a colônia, Portugal organiza expedições chefiadas por Cristóvão Jacques com o intuído de proteger nosso território e atacar os invasores.

Apesar da boa intenção, não funcionou muito bem. Cristóvão dispunha de poucos recursos e o território era grande demais. Ou ele não encontrava o inimigo ou chegava atrasado (o corno é sempre o último a saber).

Esse foi um período em que o litoral recebeu diversas novas feitorias (portuguesas e francesas).

Acho que não precisamos explicar sobre isso, a regra não era a fundação de cidade vilas nesse período (lembre-se do “pré”). No lugar eram construídas feitorias que variavam em tamanho e capacidade, mas tinha basicamente a mesma função: ser um posto comercial.

Podiam ser desde pequenas casas até grandes armazéns fortificados capazes de aguentar ataques ou consertar navios…. Enfim…. Os caras não tinham lá um padrão. Entenda que as feitorias tiveram papel importante nesse período como pontos de civilização no meio do caos do novo mundo.

 

As desculpas do arrependido…

  

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Existem duas visões a respeito de uma colonização “acidental” no período do Brasil Pré-colonial. Ou duas teorias. Ou dois mitos…. Sei lá…. Tem duas coisas que eu foi explicar aí embaixo, então presta atenção!

A primeira é mais folclórica. Gira em torno de Diogo Álvares Correa, o carnavalesco Caramuru! Nessa linha, acredita-se que desde o seu naufrágio (1510) e estabelecimento entre os Tupinambás da Bahia, foi iniciado gradativamente o processo colonizador, mesmo que não intencional. Caramuru estabeleceu família, e oferecia facilidades a negociadores estrangeiros que ao Brasil chegavam.

O mesmo ocorreu com João Ramalho, que tinha as mesmas características, porém viveu na região de São Vicente entre os índios Guaianá.

A segunda já dá um pouco de méritos à coroa portuguesa, talvez mais do que mereciam… E dizia que todos os esforços anteriores a 1530 (experiências com feitorias, missões guarda-costas) “acidentalmente” iniciaram a colonização do Brasil. É considerada acidental porque apenas após o envio de Martín Afonso de Souza, a experiência das Capitanias e o Governo Geral é que o governo português realmente mostrou intenção de colonizar o território.

O fato é que parece que Portugal só se mexia quando se sentia ameaçado…. Vale de dica hein galera…. Inclusive para o Carnaval!

Mas basicamente é isso. Foi um período curto, de apenas 30 anos e que efetivamente termina (ou continua, afinal ainda falamos de colonialismo) com o envio da expedição de Martin Afonso de Souza e o empreendimento das Capitanias.

A partir desse ponto já é outra história!

 

Espero que tenham gostado e ficado conosco até o final.

Bebam pouco e juízo nas festas.

Bons estudos e ótima prova!!!

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