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Fique por dentro dos Primórdios da Administração e saiba quais são as influências históricas que ajudaram a construir a Ciência Administrativa.

Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu com uma impressionante lentidão.
Por Clariana Ribeiro Nogueira 16 fev 2018 - 7 min de leitura

Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu com uma impressionante lentidão.

Ao longo da história da humanidade, a Administração se desenvolveu com uma impressionante lentidão.

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Muitos talvez não tenham percebido dessa forma, mas podemos destacar que num tempo longínquo, era possível perceber noções administrativas nas construções da muralha da China e das pirâmides do Egito (devido à complexidade e à grandeza desses empreendimentos). Exatamente isso, se pensarmos na figura de Moisés conduzindo o povo no Êxodo do Egito, podemos observá-lo como um grande líder.

Porém, foi somente a partir do século XX é que a administração surgiu de maneira inovadora. Pouco antes, em meados do século XIX, a sociedade era completamente diferente. As organizações eram poucas e pequenas: pequenas oficinas, artesãos independentes, pequenas escolas, profissionais autônomos (como médicos, advogados e agricultores). Tudo muito simples.

Vamos pensar um pouco: Na verdade, para chegar à Administração de hoje foi necessária uma longa e progressiva jornada com fortes influências diversas. E que influências são essas? As influências significativas veremos a seguir.

 Influência dos filósofos e economistas liberais

fonte: http://www.abruzzo24ore.tv/img/3bcda8f2aed2c8f1fdea1c020dadcf39/w/728/h/405/thumb/67681.jpg

Principais contribuições e reflexões sobre a administração por esses grandes nomes

 Sócrates – administrar é uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência.

 Platão – preocupou-se com os negócios públicos e com a forma democrática de governo. Em sua obra “A República” expõe a forma democrática de governo como a preferida na administração dos negócios públicos.

 Aristóteles – discípulo de Platão, estudou a organização do Estado e em seu livro “Política” distinguia três formas de administração pública:

– Monarquia – governo de um só;

– Aristocracia – governo de uma elite; e

– Democracia – governo do povo.

 René Descartes – em seu livro “O discurso do Método” descreveu o método cartesiano cujos princípios são:

– Princípio da Dúvida Sistemática ou Evidência – não aceitar como verdadeira coisa alguma, enquanto não souber com evidência aquilo que realmente é verdade;

– Princípio da Síntese de Composição – conduzir ordenadamente nossos pensamentos, iniciando pelos assuntos mais fáceis para caminharmos gradualmente aos mais difíceis;

– Princípio da Analise e da Decomposição – dividir cada problema em tantas partes quanto possível e resolvê-los cada um separadamente; e

– Princípio da Enumeração ou Verificação – fazer recontagem, verificações, revisões gerais para ter certeza de que não foi omitido ou deixado de lado.

 Nicolau Maquiavel – seu famoso livro “O Príncipe” refere-se à forma de como um governante deve se comportar. Para Maximiano (2000), Maquiavel pode ser entendido “como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em organizações complexas”. Algumas de suas ideias foram popularizadas:

– “Se tiver que fazer o mal, o príncipe deve fazê-lo de uma só vez. O bem deve fazê-lo aos poucos”.

– “O príncipe terá uma só palavra. No entanto, deverá mudá-la sempre que for necessário”.

– “O príncipe deve preferir ser temido do que amado.”

Thomas Hobes – o homem primitivo era um ser antissocial, atirando-se uns contra os outros pelo desejo de poder, riquezas e propriedades – “o homem é o lobo do próprio homem”. O Estado representa um pacto social que, ao crescer, alcança as dimensões de um dinossauro ameaçando a liberdade dos cidadãos.

 Karl Marx e Friedrich Engels – A dominação econômica do homem pelo homem é a geradora do poder político do Estado, que vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. A história da humanidade sempre foi a história da luta de classes (entre exploradores e explorados).

 Adam Smith – filósofo e economista que em sua obra “A Riqueza das Nações” trazia o princípio da especialização dos operários e o princípio da divisão do trabalho em uma manufatura de agulhas, ressaltando a necessidade da racionalização da produção. Para Adam Smith, a origem da riqueza das nações reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e movimentos, pensamento que, mais tarde, Taylor desenvolveria na Administração Científica.

 Influência da Igreja Católica

fonte: http://catholicforce.com/authors/5612ada7be0ff42c2827d7bb

Você não imagina como a Igreja Católica pode ter relação com a administração?

Entenda que com a queda do Império Romano em 476 d.C, a Igreja Católica passou a ser a maior organização da sua época.

Saiba que a organização hierárquica da igreja é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de somente uma cabeça executiva: o Papa.

A igreja católica possui uma hierarquia de autoridade, um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assessorar a integração.

O interessante é que a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para as demais organizações que passaram a incorporar os princípios e normas da Igreja Católica como inspiração sobre autoridade, comando entre outros.

Influência da Organização Militar

 

Você sabia que a Organização Militar influenciou fortemente o surgimento das teorias da Administração ao longo do tempo?

Pois é, o General Filósofo Chinês Sun Tsu (544 a.C – 496 a.C), ainda reverenciado até os dias de hoje, escreveu um livro sobre a arte da guerra, no qual trata da preparação de planos, guerra efetiva, manobras, variações táticas, pontos fortes e fracos do inimigo, organização do exército e outros aspectos que fizeram com que o livro ganhasse versões contemporâneas de muitos autores e consultores.

Assim, a organização linear, por exemplo, tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e época medieval. A escala hierárquica, isto é, os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e responsabilidade é um aspecto típico da organização militar usado nas organizações até hoje.

A Organização Militar contribuiu com o princípio da Unidade de Comando, em que cada subordinado só pode ter um superior e com o princípio da direção em que todo soldado sabe perfeitamente o que se espera dele e o que deve fazer.

Outro exemplo interessante: Na época de Napoleão, ele chefiava o exército e tinha responsabilidade de supervisionar a totalidade. Só que com a expansão territorial das batalhas, a direção ou o comando das batalhas exigiu um novo plano de organização, assim, passou a planejar a centralização do controle e descentralização da execução. Napoleão também nunca deu uma ordem sem explicar o objetivo e se certificar de que todos tinham entendido, pois na sua visão a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente.

Influência da Revolução Industrial

 

fonte: https://maryandyblog.files.wordpress.com/2017/01/cu.png?w=524&h=288

Não podemos deixar de abordar que com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua posterior aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho.

– 1780 a 1860- A 1ª Revolução Industrial do carvão e do ferro passou por 4 fases:

1- Mecanização da indústria e da agricultura

2- A aplicação da força motriz à indústria

3- O desenvolvimento do sistema fabril

4- Espetacular crescimento dos transportes e das comunicações

– 1860 a 1914: A 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade apresentou as seguintes características

– Substituição do fero pelo aço

– Substituição do vapor pela eletricidade

– Especialização do trabalhador

– Crescente domínio da indústria pela ciência

– Transformação radical nos transportes e nas comunicações

– Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista

– Expansão da industrialização.

Assim, houve a transferência da habilidade do artesão para a máquina (para produzir mais rápido, com maior quantidade, melhor qualidade e com redução dos custos de produção).

Houve também a Substituição da força do animal ou músculo humano pela potência da máquina a vapor (e depois pelo motor) permitindo maior produção e economia.

Todas estas contribuições foram essenciais, pois estabeleceram bases para que, a partir do início do Século XX, os estudiosos da Administração criassem esse ramo de estudo que já se consolidou como ciência, embora isto ainda seja muito recente.

E aí gostou de aprender todas estas influências? Já conhecia alguma delas? Conhece alguma outra? Conte-nos aqui em baixo, pois estamos curiosos para saber sua opinião.

Qual sua dúvida ou comentário sobre esse conteúdo?

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Comentários
  • Antônio Luan Anastácio Medeiros 02 set 2021

    qual a diferença entre os filósofos e os economistas liberais?

  • Maxi Educa 03 set 2021

    Olá Antônio, tudo bem? Nosso blog tem apenas a intenção de informar, não podemos nos posicionar quanto a diagnósticos médicos. Nós recomendamos que procure um profissional especializado o quanto antes. Um grande abraço e muito obrigado por seu comentário! Aproveite para nos acompanhar nas redes sociais: Facebook: https://goo.gl/fgnB61 Instagram: https://goo.gl/xe1LmU YouTube: https://goo.gl/REyOiW

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